O fim se aproxima? Pesquisa com supercomputador aponta um apocalipse iminente
Uma pesquisa conjunta entre cientistas australianos e europeus aponta para a sexta extinção em massa do planeta Terra.
Diversas vezes fomos alertados sobre o fim do mundo. O grande último prelúdio do fim dos tempos ocorreu em 2012, com o final do calendário mesoamericano, um conjunto de crenças escatológicas que levou as pessoas a acreditarem que grandes eventos ocorreriam no dia 21 de dezembro de 2012.
Bom, nitidamente foi um alarme falso, visto que já comemoramos a passagem do ano para 2023. Contudo, engana-se quem pensa que o fim dos tempos não está premeditado. Pior do que isso, somos nós que impulsionamos nossas vidas para o apocalipse, que chegará cedo ou tarde.
O prenúncio do fim da humanidade foi feito por trabalho conjunto realizado entre cientistas da Austrália e da Europa, onde foi utilizado um supercomputador para elaborar uma Terra virtual e simular eventos de extinções derivados dos efeitos climáticos, com a principal causa sendo o aquecimento global.
O relatório dessa pesquisa foi publicado no site Rock and Pop, o qual apresenta o mapeamento e a simulação de extinções em massa das espécies feitos pelo grupo de pesquisa, todas impulsionadas por mudanças climáticas severas.
O estudo ficou a cargo de seu autor principal, Giovanni Strona, que é especialista da Comissão Europeia, seguido do professor Corey Bradshaw, que pertence a Flinders University na Austrália.
Os pesquisadores, ambos responsáveis pelo trabalho, argumentam que o planeta passa por sua sexta extinção em massa, que é impulsionada pela ação humana e derivada das atividades climáticas.
Então, sim, nós estamos entrando nos próximos tempos do apocalipse, mas sem nenhuma premonição ou fantasia, apenas a crua consequência da irresponsabilidade humana.
O ponto central da pesquisa é estimulado pela elaboração da Terra virtual, através de um supercomputador que consegue simular a alimentação de mais de 15 mil variáveis para aplicar os efeitos em cadeia da progressão do aquecimento global e, consequentemente, dos seus efeitos sobre a biodiversidade.
Principal ponto para o entendimento da pesquisa está no ecossistema Assim, precisamos entender que todo sistema do planeta funciona a partir de uma junção de todos os sistemas integrados a sistemas menores e camadas diversas da fauna e flora.
Assim, ao ter contato com a depredação humana e o desgaste de parte dessas estruturas, aliado aos efeitos climáticos, ocorre um efeito dominó de extinção. Isso é muito sério!
Em fala, o autor do trabalho, Giovanni Strona explicou:
“Basicamente, povoamos um mundo virtual do zero e mapeamos o destino resultante de milhares de espécies em todo o planeta para determinar a probabilidade de pontos críticos no mundo real.”
Abaixo está um vídeo da simulação dos efeitos analisados pela Terra virtual. É possível verificar a progressão do desgaste dos sistemas, a forma como a temperatura do planeta aumenta, elevando a potência das catástrofes climáticas a nível global.
De acordo com o estudo, até o ano de 2050 o planeta perderia cerca de 6% de sua biodiversidade mundial, com perda de até 13% em 2100, sendo esse um cenário otimista. A projeção mais próxima da realidade é 10% até 2050, e 27% em 2100.
Como já explicado, só há vida porque existe uma série de sistemas que dependem um dos outros para coexistir. Na falta de diversos biossistemas, as coisas começaram a se encaminhar para uma extinção em massa em poucos anos. Não há problema maior do que não ter onde morar quando se trata do planeta Terra, o único que temos.