Sexto sentido realmente existe? Saiba o que a ciência diz sobre ele

Veja qual é a resposta científica para a existência do sexto sentido, que há muito tempo tem levantado diversas teorias.

O ser humano experimenta os objetos que estão ao seu redor no mundo por meio dos cinco sentidos básicos: olfato, paladar, tato, visão e audição. Porém, sempre falamos a respeito de um sexto sentido como se fosse algo místico em uma pessoa.

Entretanto, como explica o Dr. Niccolò Zampieri, o sexto sentido é inerente ao humano, que é responsável por:

“[…] coletar informações dos músculos e articulações sobre nossos movimentos, nossa postura e nossa posição no espaço, e depois transmiti-las ao nosso sistema nervoso central.”

O sexto sentido é denominado propriocepção, pois ele é responsável por analisar a musculatura e enviar essas informações ao cérebro, que, por sua vez, novamente dará os comandos específicos para a estrutura que movimenta o ser humano.

Dessa forma, faz com que, por exemplo, não aconteçam quedas quando se está em um ambiente escuro. O sexto sentido ainda permite que se leve qualquer alimento à boca com os olhos fechados.

Além disso, sabemos que os sentidos como o tato são perceptíveis, porém a propriocepção trabalha de forma inconsciente. Assim, o sexto sentido não é tão notório, porém é essencial. Pessoas que não possuem desenvolvimento nesse sentido não conseguem realizar movimentos coordenados.

O Dr. Niccolò Zampieri e a equipe que o acompanha publicaram seus estudos e descobertas na revista Nature Communications. Nela, informaram como a propriocepção funciona especificamente. O estudo do sexto sentido envolve analisar “mais de perto” os neurônios sensoriais proprioceptivo (pSN).

As conexões da propriocepção 

Os chamados pSN estão localizados na medula óssea, mais especificamente nos gânglios da raiz dorsal, os quais estão ligados por fibras nervosas extensas aos órgãos tendinosos de Golgi, que o tempo todo estão coletando informações sobre os músculos, como o alongamento e a tensão.

Logo, o pSN repassa essas informações para o sistema nervoso principal, que, por sua vez, é responsável pelos movimentos do corpo inteiro.

Membro da equipe, o Dr. Stephan Dietrich afirma que, para que o sexto sentido funcione corretamente, é necessário que o pSN se conecte com precisão a muitos músculos diferentes. Por isso, segundo ele:

“Usamos nosso estudo para procurar marcadores moleculares que diferenciam o pSN para os músculos abdominais, das costas e dos membros em camundongos.”

Propriocepção e a postura correta

O estudo também revela que uma pessoa sem o sexto sentido desenvolvido pode ter como consequências doenças musculares como a escoliose, segundo estudo feito em Israel. Zampiere suspeita que:

“[…] isso seja causado por propriocepção disfuncional, que altera a tensão muscular nas costas e distorce a coluna.”

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