Pesquisadores identificam gene que interfere no prazer em realizar atividades

Estudo avalia os sintomas comuns em casos depressivos e de estresse prolongado.

Os estudos psicológicos têm sido pauta entre os pesquisadores nos últimos anos. Assim, um estudo desenvolvido na Carolina do Sul detectou relação entre o estresse constante e o desenvolvimento de comportamentos depressivos. Acompanhe a leitura e saiba mais sobre o gene do desinteresse.

Estresse e depressão ligados por um gene

A descoberta sobre o gene do desinteresse foi publicada no eLife. A equipe responsável era formada por neurologistas pós-graduandos, atualmente PHDs, e liderada por Makoto Taniguchi.

Não são todas as pessoas que enfrentam estresse repetitivo que desenvolve depressão, mas entender essa conexão é fundamental para os estudos na área.

Resposta do cérebro ao estresse

De acordo com os especialistas, a principal consequência do estresse para o cérebro é a redução do funcionamento frontal. Do mesmo modo esse fato é percebido em pessoas com diagnóstico de depressão.

Foi desse ponto que a investigação partiu. Assim, os pesquisadores buscaram algo que pudesse correlacionar esses achados. A resposta estava no gene NPAS4, encontrado na região pré-frontal.

Ele funciona como um regulador da forma como os demais genes vão se comportar conforme a atividade cerebral.

gene do desinteresse
Imagem: Canva Pro/Reprodução

Essa alteração na expressão genética é vista nos dois casos, em pessoas com depressão e naquelas expostas ao estresse prolongado.

A fim de avaliar na prática o funcionamento desse item, os pesquisadores manipularam em camundongos com alto nível de estresse.

Para a surpresa da equipe, após o experimento, percebeu-se que o NPAS4 estava envolvido com a alteração nos prazeres por atividades.

Esse fato demonstra que esse gene não se aplica a todos os fatores relacionados com a depressão, como a ansiedade, e reforça a ideia da depressão constituída por múltiplos fatores.

Além disso, essa descoberta pode auxiliar no tratamento de outros transtornos mentais, redirecionando a região do cérebro que necessita de atenção a depender do caso e dos sintomas apresentados.

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