Em 1999, o mundo vivenciou um clima de apreensão com a iminente chegada do ano 2000. O receio era causado pelo chamado Millennium Bug (“Bug do Milênio”), um erro de programação que, teoricamente, ameaçava desencadear falhas em sistemas de informação e infraestruturas críticas.

Governos, empresas e cidadãos estavam envolvidos em um esforço colossal para evitar o temido caos.

Mesmo com o medo comprovadamente exagerado, os acontecimentos daquela época mostraram a crescente dependência da tecnologia e a capacidade de mobilização global diante de possíveis crises.

Origem do Bug do Milênio

Nos primórdios da programação de computadores, era prática comum representar datas com apenas dois dígitos, visando economizar a limitada memória. Assim, “1999” era armazenado como “99”.

O problema é que, quando a data mudasse para “2000”, poderia ser interpretada como “1900”.

Esse erro potencialmente catastrófico levantou preocupações sobre possíveis falhas em sistemas bancários, interrupções em redes elétricas e colapsos em infraestruturas essenciais. O mundo estava em alerta, temendo um caos generalizado.

Preparativos e medos coletivos

Muitos cidadãos adquiriram geradores, velas, água engarrafada e alimentos enlatados, temendo falhas nos sistemas elétricos. Esse comportamento gerou pânico em algumas regiões, levando a uma corrida às lojas.

Preocupações sobre falhas em sistemas de navegação e controle de tráfego aéreo levaram passageiros a evitar voos à meia-noite de 31 de dezembro de 1999. As companhias aéreas e os aeroportos intensificaram suas operações para tranquilizar os viajantes.

Grupos conspiracionistas alimentaram previsões do fim dos tempos, estimulando a construção de bunkers.

Nos mercados financeiros, temia-se uma crise econômica. Investidores retiraram dinheiro de bancos, levando ao reforço da liquidez.

O grande esforço global

Para evitar o caos, governos e empresas investiram bilhões em atualizações de sistemas e testes. Os gastos globais com o Y2K superaram 300 bilhões de dólares, ultrapassando até problemas de infraestrutura mais urgentes, como educação e saúde.

Quando o relógio marcou meia-noite em 1º de janeiro de 2000, o impacto foi mínimo. Não ocorreram apagões em massa, aviões não caíram e os sistemas bancários operaram normalmente.

As falhas foram pontuais, como um sistema de pagamento na Austrália que debitou transações duas vezes.

O episódio mais famoso ocorreu na Coreia do Sul, onde relógios digitais retrocederam para 1900, mas o problema foi rapidamente corrigido. Esses eventos levaram muitos a considerar o Y2K uma farsa, embora especialistas defendam que os esforços preventivos globais foram cruciais para evitar desastres.

O Millennium Bug permaneceu na memória como um marco histórico de pânico, exagero e precaução. Duas décadas e meia depois, o avanço tecnológico foi notável, levando-nos a refletir sobre nossa contínua dependência da tecnologia e a importância da preparação para desafios futuros.

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Os brasileiros acordaram com a notícia de um apagão que afetou vários estados do país. Ao que tudo indica, diversas regiões estão sem energia elétrica, internet e até sinal de telefonia. Como resultado, as pessoas estão enfrentando dificuldades para se comunicar, seja por meio de ligações ou pelas redes sociais.

Apesar da delicada situação, vários memes sobre o incidente já estão circulando na internet. Afinal, a energia pode acabar, mas a criatividade do brasileiro não tem limites.

As primeiras notícias sobre o apagão surgiram nas redes sociais. Moradores de pelo menos 25 estados brasileiros, incluindo Bahia, Minas Gerais, Santa Catarina e também no Distrito Federal, relatam a falta de energia. Na Bahia, o metrô de Salvador chegou a ser esvaziado, enquanto em São Paulo a linha 4-Amarela enfrentou uma falha elétrica.

Apesar dos percalços gerados pela situação, a falta de energia não foi encarada com tanta seriedade por uma parcela significativa dos brasileiros. Assim como ocorre com muitos temas polêmicos, vários memes sobre o apagão já lotaram a internet, fazendo com que as pessoas recebam a informação de forma leve e divertida.

Governo emite nota garantindo normalidade

Foto: Reprodução

O Ministério de Minas e Energia afirmou em comunicado que parte da eletricidade já foi restabelecida em diversos locais do país. De acordo com a pasta, as equipes estão agora concentradas em restabelecer a energia no Norte e no Nordeste, onde alguns lugares ainda estão enfrentando interrupções.

“Até às 10h22, estão recompostos 27% da carga da região Norte e 68% da região Nordeste. O Ministro Alexandre Silveira já determinou a criação de uma sala de situação e lidera todo processo de retomada, bem como determinou a rigorosa apuração das causas do incidente.”

Conforme o comunicado do ministério, a falta de energia que afetou todo o país foi causada por um incidente na rede de operação do Sistema Interligado Nacional (SIN). Esse evento resultou na interrupção de 16 mil MW de carga tanto no Norte quanto no Nordeste.

O ministério ainda esclarece na nota que a suspensão ocorreu devido a uma abertura na interligação Norte/Sudeste. No entanto, as causas exatas ainda estão em processo de investigação.

Apagão é considerado o maior desde 2009

Já ocorreram outros apagões no país. No entanto, o que mais se destacou foi o de 2009, que até então era o mais notório. Naquela ocasião, uma interrupção no fornecimento de energia afetou cerca de dezoito estados, abrangendo partes do Nordeste e do Sudeste, resultando em caos no tráfego, fechamento de empresas e hospitais operando com geradores.

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Trabalhar em uma estação espacial é uma das conquistas mais notáveis da humanidade no campo da exploração espacial. A presença humana fora do nosso planeta é uma demonstração impressionante de engenhosidade e tecnologia avançada.

No entanto, é importante reconhecer que viver em um ambiente tão hostil e desafiador apresenta também uma série de perigos emocionantes, sendo um dos mais evidentes a falta de gravidade. A microgravidade é uma condição única que pode ter efeitos prejudiciais à saúde dos astronautas.

A longo prazo, a ausência de força gravitacional pode levar a problemas ósseos, perda de massa muscular e alterações na visão. Os astronautas que vivem na estação internacional, por exemplo, podem experimentar esses perigos.

ISS

A Estação Espacial Internacional (ISS) é um dos empreendimentos mais ambiciosos e colaborativos da história. É uma plataforma de pesquisa em órbita da Terra, localizada a aproximadamente 400 milhas (cerca de 644 km) acima da superfície do nosso planeta.

A ISS é um projeto que envolve várias agências espaciais, incluindo a NASA (Agência Espacial dos Estados Unidos), a Roscosmos (Agência Espacial Federal Russa), a ESA (Agência Espacial Europeia), a JAXA (Agência Japonesa de Exploração Aeroespacial) e a CSA (Agência Espacial Canadense).

O local é uma plataforma de pesquisa de classe mundial, proporcionando um ambiente único para cientistas e astronautas conduzirem uma ampla variedade de experimentos em microgravidade. Esses estudos abrangem áreas como biologia, medicina, física, química, astronomia, ciência da Terra e tecnologia espacial.

Houston, estamos com problemas!

A comunicação entre a ISS e a Terra é um dos pilares fundamentais para a segurança das operações espaciais.

Por meio dessa comunicação bidirecional, os astronautas a bordo da estação conseguem se conectar com os centros de controle da missão na Terra, trocar informações, receber orientações, compartilhar descobertas científicas e, o mais importante, garantir sua segurança e bem-estar durante a permanência no espaço.

Em um evento surpreendente ocorrido no dia 25 de julho, a Estação Espacial registrou uma situação de extrema inquietação. Por um período aproximado de uma hora e meia, a plataforma perdeu toda a sua energia e, consequentemente, a comunicação com a Terra.

Foto: PXHere/Reprodução

O acontecimento causou apreensão e trouxe desafios para a equipe de astronautas que habita a estação, uma vez que a comunicação é vital para a execução segura e bem-sucedida das operações no espaço.

Contudo, o engenhoso sistema de contingência da ISS mostrou sua eficácia. Em menos de 20 minutos após o incidente, a comunicação já havia sido restabelecida utilizando outros equipamentos disponíveis a bordo.

A NASA, principal agência responsável pela ISS, ofereceu uma explicação tranquilizadora sobre o episódio inesperado. Segundo a agência, houve uma interrupção devido à necessidade de realizar atualizações e manutenções contínuas nos sistemas da estação.

Em entrevista, o gerente do programa da estação espacial, Joel Montalbano afirmou que “essas atualizações são cruciais para garantir a estabilidade e o desempenho adequado dos equipamentos, bem como para evitar possíveis problemas futuros.”

“Temos realizado algumas atualizações para adicionar maior confiabilidade aos nossos sistemas de energia. Perdemos a energia, a telemetria, o comando e a comunicação com a Estação Espacial Internacional”, completou.

Como enfatizado antes, a comunicação foi restabelecida rapidamente. A energia, no entanto, levou mais tempo para voltar. Agora está tudo bem com a ISS, que segue operando com todos os sistemas atualizados.

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Enquanto a humanidade continua a explorar o vasto espaço cósmico, a busca por conhecimento sobre o vento solar se torna cada vez mais importante.

Nesse cenário, a nave Parker Solar Probe (PSP), em uma missão da Nasa, posicionou-se ousadamente próximo à superfície do Sol para coletar informações vitais sobre esse fenômeno.

Terra pode sofrer ‘apagão’ de internet por meses

Foto: Nasa – Johns_Hopkins_APL_Steve_Gribben/Reprodução

Diante disso, pesquisadores emitiram um alerta preocupante sobre os riscos de perda do sinal de rede no futuro devido aos impactos do fenômeno espacial em nosso ambiente tecnológico.

O vento solar é composto por um fluxo contínuo de partículas carregadas, principalmente prótons e elétrons, que são emitidas pelo Sol em alta velocidade e se propagam por todo o Sistema Solar.

Essa interação solar é crucial para o funcionamento adequado de nossos sistemas de comunicação e rede, sendo essenciais para a nossa sociedade moderna.

Sendo assim, compreender os impactos desse fenômeno espacial é fundamental para garantir a segurança e a confiabilidade desses sistemas tão vitais em nosso cotidiano.

Sobre isso, especialistas afirmam que o principal objetivo da pesquisa espacial da Nasa é obter um entendimento mais profundo sobre os ventos solares e suas implicações em nosso mundo tecnológico.

As tempestades solares, por sua vez, são originadas por distúrbios no fluxo de partículas carregadas emitidas pelo Sol e podem acarretar sérias consequências para nosso sistema de comunicação e satélites, o que resultaria em uma perda temporária do sinal de internet para uma grande parte da população.

Considerando um cenário em que a Terra é atingida por uma tempestade solar, com desencadeamento de chuva de partículas carregadas, essas partículas têm o potencial de interagir com a nossa atmosfera e até mesmo com os satélites em órbita, podendo causar danos ou interferências em suas comunicações.

Daí em diante, essa situação pode causar perdas significativas no sistema de rede, resultando em falta de acesso à internet e afetando os serviços de comunicação em geral.

Portanto, a pesquisa conduzida pela Nave Parker Solar Probe é de extrema importância para prever e mitigar os impactos potenciais dessas tempestades solares em nosso mundo moderno.

Os cientistas estão trabalhando arduamente para coletar dados precisos sobre o vento solar, sua intensidade e direção, para que possamos estar preparados para enfrentar qualquer eventualidade.

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Uma onda de protestos tomou conta do Reddit, uma popular rede social de fóruns e subfóruns na internet, devido à recente decisão de cobrar dos desenvolvedores pelo acesso à sua API. Essa medida tem gerado preocupações quanto ao impacto na forma como os usuários acessam o conteúdo e nos lucros dos criadores.

O protesto, que se iniciou na segunda-feira (12), envolve mais de 6 mil comunidades. Isso representa a maioria das 7.264 existentes, incluindo algumas com mais de 30 ou 40 milhões de seguidores.

Os moderadores responsáveis pelos subreddits optaram por tornar o acesso privado para visitantes e, em alguns casos, até mesmo bloquear os membros, resultando em um impacto significativo na plataforma. Então, isso está sendo caracterizado como um grande “apagão”.

O protesto do Reddit

O Reddit, uma plataforma que se sustenta financeiramente por meio de publicidade e de assinaturas premium, decidiu entrar em uma briga ao cobrar por acesso aos seus dados, afetando empresas e desenvolvedores de aplicativos.  Essa decisão ocorreu meses depois de a OpenAI ter revelado que o ChatGPT foi treinado com uma grande quantidade de conteúdo do Reddit.

Em abril, o Reddit anunciou que passaria a cobrar US$ 0,24 (R$ 1,17) para cada 1.000 acessos aos seus dados por outras empresas e desenvolvedores. Isso gerou protestos e boicotes por parte das comunidades, que são importantes fontes de tráfego para a plataforma.

Devido ao fato de a plataforma ter lançado seu próprio aplicativo apenas em 2016, muitos usuários continuam acessando a rede social por meio de aplicativos independentes, dentre eles: Apollo, Reddit is Fun, Sync e ReddPlanet. Esses aplicativos se opõem à nova regra de pagamento e ameaçam encerrar suas operações em 1º de julho.

Os moderadores das comunidades falam que, se as ferramentas de terceiros criadas pelas comunidades desaparecerem, a qualidade da moderação será afetada. Essa decisão do Reddit, que desencadeou o protesto, segue a tendência do Twitter, que busca monetizar diferentes aspectos de sua plataforma.

Diante desse ocorrido, o “apagão” surgiu com tudo. Páginas dedicadas a fandoms específicos, incluindo “Harry Potter” e “Taylor Swift”, são algumas delas. Agora, uma mensagem é exibida aos visitantes que tentam visualizar a comunidade informando que a página se tornou privada.

Em uma entrevista concedida ao New York Times em abril, o CEO do Reddit, Steve Huffman, explicou a decisão de cobrar pelo acesso aos dados da plataforma. Ele justifica que o conjunto de dados possui um valor significativo e não pode ser disponibilizado gratuitamente para algumas das maiores empresas do mundo.

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No ano passado, houve muitas intercorrências no mundo virtual, sobretudo muitos bloqueios de aplicativos e a paralisação da internet. Apesar de ter sido algo recorrente, poucas pessoas conhecem o verdadeiro motivo de isso ter acontecido.

No momento, muitas pessoas pensaram que o fato de os aplicativos pararem de funcionar, assim como a internet, poderia ter sido em consequência de uma queda geral. Afinal, todos sofriam o mesmo problema.

No entanto, não foi isso que aconteceu. Os 187 “apagões” terem acontecido durante protestos, conflitos em massa, eleições e crises humanitárias não foi coincidência.

Relatório passa a acompanhar apagões 

O grupo de direitos digitais Acess Now e a campanha #KeepItOn divulgaram dados do relatório, que traz a quantidade de “apagões”.

Com isso, o número registrado é o maior desde que essa contabilidade começou, 2016. Assim, nada se compara à quantidade de “quedas” que registraram em 2022.

Desse modo, um tipo de recorde foi alcançado e uma preocupação maior está tirando as noites de sono de quem realmente se importa com o livre uso da internet, mesmo em momentos de instabilidade política.

Onde os apagões ocorreram?

Pelos dados do relatório, o mundo todo não esteve isento do que houve no ano passado. Com isso, existe um somatório de 35 países que foram afetados.

No entanto, a Índia se mostrou “líder” em quedas e apagões, já que houve 84 paralisações somente em 2022. Logo depois vem a Ucrânia, com o segundo maior número de apagões. Vale lembrar que o país está em guerra desde fevereiro do ano passado.

O que causou esse fenômeno?

De acordo com os dados, as quatro principais causas para desligamentos de internet e instabilidade em aplicativos de comunicação identificadas foram: protestos, conflitos, eleições ou também para a prevenção contra fraudes em provas e exames.

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Há pouco tempo, houve o lançamento de uma campanha direcionada ao financiamento coletivo no Catarse do gibi chamado “Apagão – Fogo nos Fascistas”, uma nova história em quadrinhos, desenvolvida pelo roteirista Raphael Fernandes e por Dilacerda, que está sendo publicada por meio da Draco.

A história exibida no gibi traz a vida de um jovem mestre de capoeira e le parkour Mandrill, que se aventurará na missão de investigar a suposta existência de um lugar que possui energia elétrica no meio do caos que se instalou em uma outra versão da cidade brasileira de São Paulo após um completo blecaute.

A cidade ficou totalmente dominada por diversos grupos fundamentalistas religiosos depois do corrido. Você pode conferir logo abaixo a capa oficial da HQ “Apagão – Fogo nos Fascistas”, que é assinada por Val Rodrigues e Jão Canola.

Esta não é a primeira edição de “Fogo nos Fascistas”, mas, sim, a quarta. Os primeiros títulos disponibilizados foram “Apagão – Ligação Direta”, “Apagão – Cidade sem Lei/Luz”, histórias que possuem as artes desenvolvidas por Camaleão, e “Apagão – Fruto Proibido”, produção que recebeu as artes de Abel e as cores de Fabi Marques.

“Fogo nos Fascistas” tem como objetivo trazer para o público uma intensa reflexão sobre a uberização do trabalho, isto é, um trabalho mais flexível e por demanda que passou a ficar conhecido após um grande índice de desempregados no país. Além disso, a obra faz parte de uma homenagem criada para o movimento dos Entregadores Antifascistas.

E, da mesma maneira que aconteceu em outras edições da franquia de quadrinhos, a campanha do Catarse fornece alguns tipos de recompensa para aqueles indivíduos que desejarem apoiar. O encerramento da campanha acontece no dia 10 de novembro e, se você quer apoiar, basta acessar o seguinte link: <https://www.catarse.me/apagao3>.

Comente aqui embaixo e compartilhe a sua opinião com a gente: você já conferiu todos os gibis dessa coleção? Se sim, diga o que você achou da franquia de quadrinhos desenvolvida por Raphael Fernandes e Dilacerda.

Temos certeza de que você não poderá deixar seu comentário de fora dessa!

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