Exploração espacial: China pretende ‘visitar’ lado escuro da Lua nos próximos anos

Com as missões, eles pretendem trazer amostras que ajudarão a saber mais sobre o satélite natural da Terra.

A exploração espacial é fundamental para o conhecimento do Universo e avanço científico. Muitas missões espaciais já foram feitas por diversos países, mas há um destaque especial para a China, que em 2020 trouxe da Lua materiais para estudo.

Já havia mais de 40 anos que algo assim aconteceu. A missão recebeu o nome de Chang’e 5, mas não para por aí.

Devido a sucessos anteriores, a agência espacial chinesa anunciou que pretende continuar com explorações lunares em sua próxima missão, que ocorrerá em 2024, com a sonda Chang’e 6, pretendendo trazer amostras do lado oculto da Lua.

Detalhes da missão

Lado oculto da Lua: China anuncia missão espacial para 2024
Foto: CGTN/Chang’e 5/Reprodução

Em uma conferência, o engenheiro-chefe do Projeto Principal de Exploração do Espaço Profundo da China, Wu Yanhua, afirmou que o projeto é complexo e exige o lançamento de quatro foguetes Long March 5. Além disso, a missão tem programação de 53 dias para trazer cerca de dois quilos de materiais lunares para estudo.

O pouso da sonda será feito em uma enorme cratera a que chamam de bacia Apollo, que fica dentro de uma cratera ainda maior, com cerca de um quarto do tamanho da face oculta da Lua, a Aitken do Polo Sul (SPA). As coordenadas do local são de 154° de latitude oeste e 43° de latitude sul.

Os cientistas e pesquisadores acreditam que, por se tratar de uma cratera proveniente de um impacto gigantesco, pode ter atingido camadas mais profundas do satélite natural, podendo ter chegado abaixo de sua crosta, por isso o interesse nesse ponto específico.

Por que é chamado lado ‘oculto’?

Lado oculto da Lua: China anuncia exploração no satélite em 2024
Foto: Nasa/Reprodução

Vale ressaltar que o lado oculto da Lua na verdade só tem esse nome pelo fato de não conseguirmos enxergá-lo daqui da Terra. Isso porque o planeta e seu satélite giram em sincronia, escondendo sempre um de seus lados. Ou seja, a lua tem período orbital igual ao período de rotação.

Yanhua deixou claro que essa missão não é a única que pensam fazer, anunciando mais duas missões de continuidade para os próximos cinco anos.

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