À procura de respostas: ossadas são encontrados sem cabeça em sítio neolítico europeu

Ossadas pertencentes a cerca de 38 esqueletos foram encontrados no local.

O ano de 2022 foi de grandes descobertas para o universo histórico do mundo. Nesse cenário, foram encontrados ossadas de aproximadamente 38 esqueletos em um sítio neolítico localizado na Europa.

Isso aconteceu graças aos esforços de muitos pesquisadores que estavam na região. Eles estavam, há um tempo, buscando por mais vestígios e acabaram sendo surpreendidos por tamanha descoberta. O que será que viram? Acompanhe com a gente.

Algo chamou a atenção dos estudiosos: todos os corpos, com exceção de um, haviam sido enterrados sem cabeça, o que fez levantar a hipótese do que teria acontecido para tais medidas terem sido colocadas em prática.

Há muitas ideias do que realmente poderia ter ocorrido. Algumas dizem respeito a doenças; outras faz menção, até mesmo, à decapitação. Mas a antropóloga da Universidade de Kiel, Katharina Fuchs, analisou rapidamente os corpos e percebeu o seguinte:

“Em alguns esqueletos, a primeira vértebra cervical é preservada, indicando a remoção cuidadosa da cabeça, em vez da decapitação no sentido violento e implacável.”

No entanto, acrescentou:

“Mas todas essas são observações muito preliminares que precisam ser confirmadas com mais investigações.”

Imagem: Prof. Dr. Martin Furholt, Instituto de Arqueologia Pré- e Proto-histórica/Universidade de Kiel.

O grande problema das ossadas sem cabeça

Seja como for, o fato é que as cabeças acabaram sendo removidas, dificultando ainda mais a identificação dos corpos. Não há informações se eles eram todos parentes, ou simplesmente desconhecidos entre si, sendo colocados posteriormente em um mesmo lugar.

Mas, embora o fato não ter as cabeças possa ser um grande empecilho, há outras formas de conseguir algumas respostas, como o uso de radiocarbono, além de pesquisas que envolvam diversas áreas (pesquisas transdisciplinares).

Em um comentário feito por Maria Wunderlich, que também trabalha na Universidade de Kiel, vemos que as hipóteses para o que aconteceu são inúmeras e que provavelmente precisaremos de mais tempo para finalmente entender o que ocorreu naquele lugar. Ela afirma:

“Pode parecer óbvio supor um massacre com sacrifícios humanos, talvez até mesmo em conexão com ideias mágicas ou religiosas. Conflitos bélicos também podem desempenhar um papel – por exemplo, conflitos entre comunidades de aldeias ou mesmo dentro desse grande assentamento.

Essas pessoas caíram vítima de caçadores de cabeça, ou seus companheiros de aldeia praticavam um culto especial à morte que não tinha nada a ver com violência interpessoal? As possibilidades são muitas e é importante permanecer aberto a novos conhecimentos e ideias.”

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