Colisão entre galáxias se aproxima! O que vai acontecer quando a Via Láctea e Andrômeda se chocarem?

De acordo com pesquisas da Nasa, duas galáxias, sendo uma delas a nossa, vão se colidir. O que será de nós?

Dentro da vastidão do Universo, há uma infinidade de estrelas e corpos celestes. Essas estruturas ficam orbitando sistemas solares e sistemas de galáxias. Nós, aqui na Terra, orbitamos o Sistema Solar, que, por sua vez, faz parte do conjunto de sistemas que orbitam a Via Láctea, nossa galáxia.

Atualmente, temos uma galáxia vizinha, Andrômeda, que pode ser vista a olho nu com melhor resolução apenas no hemisfério Norte; e no hemisfério Sul, apenas em determinada época do ano, entre outubro e dezembro, pouco após o pôr do sol. Andrômeda está hoje a cerca de 2,5 milhões de anos-luz de distância de nós.

Toda essa diferença de distância se reduzirá, e em cerca de quatro ou cinco bilhões de anos ambas as galáxias vão colidir. O evento em um grau celestial deve causar muito alvoroço no céu, isso porque as estrelas vão se movimentar de diversas maneiras quando as massas se aproximarem. Contudo, o evento não deve ser um caso de destruição no Universo.

Imagem: Nasa; ESA; A. Feild e R. van der Marel, STScI/Reprodução

A imagem acima representa uma projeção de como será a visão do céu quando as galáxias estiveram próximas e se colidirem.

Ainda que seja preenchido por diversas estrelas e sistemas planetários, grande parte do Universo é composta por poeira e gases em locais vazios, o que deve favorecer bilhões de estrelas durante a colisão.

Evento programado

A colisão das galáxias é um evento programado, visto que sua rota de movimentação está gerando uma atração mútua entre elas. O doutor em Cosmologia e professor do Instituto Federal do Maranhão (IFMA), Rafael Christ Lopes, explicou a razão por que esse evento galáctico acontecerá.

“Andrômeda possui cerca de 1 trilhão de estrelas, e a nossa galáxia tem aproximadamente 200 bilhões. Como são os dois sistemas mais massivos do grupo local [composto por 54 galáxias], elas sofrem a atração gravitacional mútua, ou seja, uma está atraindo a outra.”

O fenômeno foi verificado pela primeira vez em 2012, por meio do telescópio Hubble, durante uma pesquisa da National Aeronautics and Space Administration (Nasa), ao observar a movimentação de Andrômeda. Recentemente, uma descoberta em relação às galáxias pode indicar que uma fusão de ambas já pode estar acontecendo, visto que alguns “halos” podem estar se tocando.

São conhecidas como “halos” as atmosferas gasosas que dão origem às estrelas, massas de gases no vácuo e vazio no espaço do Universo. Esses espaços entre as galáxias podem estar em contato desde já, o que indicaria um longo processo de fusão.

A colisão deve formar uma nova galáxia, visto que parte de ambas será preservada pelos seus espaços vazios. Contudo, muitos sistemas e corpos celestes ainda vão colidir, o que atualmente não é e provavelmente nem será uma questão de risco para o planeta Terra.

Isso porque, se conseguirmos fazer o planeta sobreviver todos esses bilhões de anos com humanos como conhecemos, ainda teremos que nos preocupar com a morte iminente do Sol, que, após consumir todo o hélio, vai se expandir em uma gigantesca bola vermelha e consumirá a Terra e os planetas mais próximos.

Antes de nos preocuparmos com esses eventos, precisamos nos preocupar com o modo como sobreviveremos nos próximos 100 anos com o aquecimento global. Um evento ainda mais preocupante e iminente que qualquer fenômeno galáctico.

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