Missão HiRISE capta imagens jamais antes vistas de Marte
Mesmo Marte sendo quase um enigma para a Nasa, a agência continua buscando mais informações sobre o planeta, focada em seus objetivos.
Parece que está cada mais difícil e distante colonizar Marte. Porém, a National Aeronautics and Space Administration (Nasa) não abre mão do seu objetivo e continua estudando a superfície do planeta vermelho.
Há pouco tempo, a Missão HiRISE, da agência aeroespacial, divulgou imagens de uma formação oculta, o que levanta diversas questões. Confira a imagem:
Eles são depósitos de crateras que estão situadas no norte da região de Arabia Terra. Segundo a HiRISE, os depósitos estão somente em crateras que têm mais de 600 metros de diâmetro, ou seja, são ausentes naquelas com 450 metros ou menos.
Esses depósitos situam-se ao lado sul de cada uma das crateras, mas ao lado norte não ficam. Diante disso, muitas perguntas acabam surgindo, como: por qual motivo elas não ficam ao lado norte? A Nasa ainda desconhece a resposta.
Paul Geissler, membro da Missão HiRISE, relatou que os depósitos possuem laminações horizontais que parecem ser camadas ou terraços, além de riscas interessantes compostas por pequenas cristas luminosas.
Segundo Geissler, eles suspeitam que esses detalhes surgiram por meio da sublimação de material que contém grande quantidade de gelo.
Sendo assim, os terraços ali existentes podem constituir períodos muito distintos de sublimação.
Importância da Missão HiRISE em Marte
Na missão, acredita-se que as crateras grandes tenham se encaixado em um lençol freático entre 45 e 60 metros abaixo da superfície, alagando depois de sua formação.
Entretanto, destaca-se que apenas com um estudo mais aprofundado da superfície é que será possível compreender essa formação com mais detalhes, pois ainda é vista como algo oculto.
A Missão HiRISE (High Resolution Imaging Science Experiment) conta com uma câmera mais avançada tecnologicamente e está no planeta vermelho desde 2006. Além disso, tem o apoio do Laboratório de Propulsão a Jato da Nasa e da Universidade do Arizona, nos Estados Unidos.
Nos últimos 10 anos, foram fotografadas mais de de 52 mil imagens, com um nível incrível de detalhes. Para avançar na pesquisa, o objetivo é manter a investigação sobre o que já existe até que mais apoios, sejam tecnológicos, sejam humanos, cheguem para ajudar.