Justin Roiland usa IA no lançamento de seu jogo; confira a repercussão

O cocriador de 'Rick and Morty' vem recebendo críticas após a publicação do anúncio de jogo em desenvolvimento.

Ainda muito discutida nas redes sociais, o uso de Inteligência Artificial (IA) para desenvolver animações já vem sendo feito em alguns projetos comerciais. O caso mais recente que teve muita repercussão foi o do jogo de tiro de Justin Roiland, criador da Squanch Games e de “Rick e Morty”. O jogo “High on Life” teve sua divulgação por meio de um pôster no qual a ilustração foi feita com IA.

O que os artistas pensam sobre o uso dessa tecnologia?

Para a maioria, embora o avanço tecnológico seja algo positivo e necessário, o seu uso não deve sobrepor profissões. Mesmo que haja alegação da importância do ser humano para o funcionamento da IA, outros pontos deveriam ser discutidos.

Um deles são as longas horas trabalhadas por profissionais desenvolvedores de games e o seu reconhecimento salarial baixo.

O principal questionamento dos artistas para a tecnologia de desenho com IA é que a máquina apenas reproduz traços de artistas sem a permissão deles.

Por isso, ela não deveria se considerar como arte, uma vez que é um conjunto de análises digitais organizadas para se assemelhar a artes feita por humanos.

Além disso, essa tecnologia reforça algo disseminado há muito tempo na sociedade: a desvalorização do artista. O uso de IA torna o artista invisível, e o reconhecimento do trabalho fica ainda mais difícil.

Posicionamento dos criadores

Em resposta aos questionamentos, os criadores do jogo afirmaram o uso da tecnologia apenas para criar alguns cenários, o que possibilitava um aspecto de mundo alternativo ao nosso. Porém, também observou-se presença de IA na dublagem de alguns personagens.

Em entrevista à Sky News, Justin Roiland afirmou que a elaboração da maior parte de “High on Life” por artistas e à mão. Porém, para ele, o uso da tecnologia é um passo que permite maior acessibilidade à criação de jogos.

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