Sabia que é possível usar a ORELHA para desbloquear o celular?

Cientistas testam o desbloqueio de celulares com o uso da orelha e garantem segurança e mais privacidade para os usuários.

Estamos acostumados a desbloquear o celular por meio do reconhecimento digital, da face ou até mesmo da forma mais simples, que é com uma senha.

Além desses bloqueios de segurança, recentemente, pesquisadores da Universidade da Geórgia, localizada nos Estados Unidos, desenvolveram uma técnica “inusitada”, mas muito interessante: o reconhecimento que permite o desbloqueio de dispositivos eletrônicos utilizando a orelha.

Para os cientistas, com o tempo, as orelhas se tornam relativamente inalteradas, ou seja, elas não se modificam. Com isso, tornam-se alternativas mais seguras em relação ao desenvolvimento de sistemas de reconhecimento biométrico ou da face.

Isso porque as orelhas não envelhecem como o rosto – com exceção do lóbulo, que diminui com o passar dos anos.

Como funciona?

Para identificação da orelha, o software funciona de forma semelhante ao reconhecimento facial. Para isso, é necessário que o usuário registre uma das orelhas pela primeira vez para que o sensor consiga uma imagem com todos os ângulos e as posições necessárias dela.

O dispositivo vai salvar várias amostras da orelha do dono do dispositivo temporariamente. Desse modo, elas serão comparadas em tempo real. Se for compatível, o celular será liberado para o uso.

Isso também acontece com o reconhecimento da face e da digital. A pessoa só precisará de uma das orelhas para desbloquear o telefone celular.

Precisão de 98%

Os cientistas desenvolveram o software que utiliza um algoritmo capaz de reconhecer a orelha para determinar e avaliar se as varreduras correspondem à verdadeira imagem. Vários testes foram feitos pelos cientistas em laboratório, e a precisão do sistema chega a 98%.

O professor Thirimachos Bourlai relatou que os pesquisadores utilizaram modelos diferentes de fotografias de orelhas com desfoque, brilho, gama e contrates.

Desse modo, garantiriam que o sistema funcionasse perfeitamente, mesmo com fotos pouco nítidas, e garantiriam a segurança dos usuários futuramente.

Os cientistas querem melhorar cada vez mais o algoritmo para que funcione com dispositivos térmicos e até em ambientes escuros (o que compromete a captura de imagens).

A especialista em biométrica Angela Sasse, do Departamento de Ciências da Computação da University College London, acredita que o sistema de reconhecimento facial por meio da orelha pode ser eficiente como uma forma segura de acessar os dispositivos, proporcionando mais privacidade do que o reconhecimento facial.

Ainda de acordo com ela, a pesquisa é nova em termos de resultados e ressalta que não é a primeira vez que se usam orelhas como método de identificação. Na Suíça, esses métodos são aplicados em lugares onde ocorreram roubos.

Isso ajuda a identificar os criminosos. Segundo a especialista, os ladrões costumam colocar as orelhas nos vidros das janelas para descobrir se há alguém na residência.

Diante disso, os policiais usam as impressões digitais para descobrir quem são as pessoas, e talvez fizessem o mesmo com as impressões da orelha.

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