‘Super Mario Bros.’: A história por trás do fracasso do primeiro filme
Curte 'Super Mario'? Confira a longa trama que envolve cerca de nove roteiristas por trás do primeiro filme da franquia, lançado em 1993.
Antes de qualquer coisa, é importante destacar que “Super Mario Bros.” tem uma história verdadeiramente confusa! O primeiro filme foi lançado, em 1993, não fez jus à história real do jogo que aparentemente seria a inspiração do filme. Com tantas críticas negativas, a Nintendo não deu continuidade às adaptações de outras franquias em suas produções cinematográficas e televisivas.
Dentre os inúmeros erros cometidos no primeiro filme de “Super Mario Bros”, um deles foi o atraso no cronograma e a ultrapassagem orçamentária. Isso porque havia muitos conflitos entre a produção, fazendo com que o filme tivesse nove roteiristas antes de suas gravações.
Em 1990, a Nintendo Entertainment System recebeu o valor de US$ 100 mli para que a Universal licenciasse suas franquias, seus jogos, imagens e logotipo para o filme. Entretanto, ao venderem o direito por um mísero lucro, eles perderam a chance de controle criativo dominante. Nesse mesmo ano, o diretor de publicidade Bill White se disponibilizou a dar vida ao ícone de Mario e, para isso, teve a permissão do ex-presidente da Nintendo of America, Minoru Arakawa.
Com pouco interesse em lucro e dando prioridade ao interesse criativo, a Nintendo contou com uma dupla de diretores: Roland Joffé e Jake Eberts. A partir da venda dos direitos, parecia que bastava apenas encontrar atores e roteiristas e iniciar a filmagem.
Aliás, o diretor Greg Beeman foi chamado, mas os distribuidores não concordaram em vender um filme em que ele estava trabalhando. Com isso, o casal Annabel Jankel e Rocky Morton passou a fazer parte da equipe.
Não havia acordos sobre o filme desde a direção até a produção. Barry Morrow foi um dos escritores que saíram do roteiro do filme; ele saiu ao sentir-se menosprezado, pois tinha acabado de ganhar um Oscar com “Rain Man”.
Após a saída de Barry Morrow, a dupla Tom S. Parker e Jim Jennewein entraram para o roteiro do filme com uma abordagem melhor e até mesmo mais feliz, mas a dupla não continuou pelo fato de ter que entregar seu trabalho nas mãos de Greg Beeman.
Por fim, o roteiro apresentado por Parker Bennett e Terry Runte agradou a produção e a direção. Ambos foram convidados por Jankel e Morton, pois estava sendo necessário pensar um pouco sobre ficção científica na produção. Após um tempo, os mesmos que convidaram a nova dupla a inteirar no roteiro do filme não estavam satisfeitos e sentiram a necessidade de uma nova escrita. Isso mesmo!
Com tantos contratempos, a Nintendo já estava frustrada. Depois de não gostar tanto do novo roteiro, a dupla Bennet e Runt foi demitida, dando lugar a Ian La Frenais e Dick Clement. Após alguns rascunhos, a equipe aceitou o roteiro.
No entanto, o fato de terem aceitado o roteiro não significa que ele era bom. A fim de corrigir o erro, a Nintendo contratou Ed Solomon e Ryan Rowe sem que Morton e Jankel soubessem para que o roteiro fosse menos sombrio e mais próximo da realidade alegre do jogo.
Após tantas confusões no desenrolar do roteiro, os atores do filme pensaram em desistir de seus respectivos papéis e Bennet e Runt foram novamente contratados. Ninguém da produção estava satisfeito em trabalhar no filme e os personagens Spike e Iggy tiveram falas improvisadas porque seus atores simplesmente desistiram do roteiro.
Na lista de contratempos, temos: a recusa em usar os macacões (itens que marcam a identidade de seus personagens) dos atores que protagonizaram Mario e Luigi, fogo nas calças de um dublê e até mesmo um café quente derrubado por Rocky Morton em um profissional.
Por fim, o filme foi lançado com a duração de 90 minutos e foi odiado pelos fãs e pela mídia. Apesar disso, o segundo filme de “Super Mario Bros” que será lançado possui grandes expectativas, afinal Morton e Jankel não estão em sua produção.