Fãs de Ana de Armas processam Universal após setirem falta da atriz em filme

Tal decisão foi tomada após dois fãs da atriz alegarem ter alugado o filme 'Yesterday' para assisti-la, uma vez que a atriz estava no trailer.

De acordo com a decisão final do juiz federal, Stephen Wilson, caso os trailers de filmes façam qualquer tipo de propaganda enganosa sobre o filme em questão, os estúdios podem ser processados judicialmente por isto. Esta decisão foi tomada na última terça-feira, 20.

A deliberação foi anunciada após dois fãs da atriz Ana de Armas alegarem ter alugado o filme “Yesterday” para assisti-la, pois a mesma estava presente no trailer, mas só depois constataram que a atriz foi cortada do longa-metragem.

Este processo teve início em janeiro deste ano. Confira mais informações a seguir!

O processo contra o estúdio do filme ‘Yesterday’

Este filme foi lançado em 2019, porém, o processo contra o estúdio foi feito em janeiro deste ano. Inicialmente, a Universal tentou argumentar que os trailers possuem direito a ampla proteção da Primeira Emenda.

Os advogados dos estúdios alegam que, o trailer é “obra artística e expressiva” e deve ser considerado como discurso “não comercial”.

Apesar da tentativa, o juiz rejeitou o argumento dos advogados e definiu os trailers de filmes como discurso comercial, estando sujeito à Lei de Propaganda Falsa da Califórnia e também à Lei de Concorrência Desleal do estado.

A Universal está certa de que os trailers envolvem alguma criatividade e discrição editorial, mas essa criatividade não supera a natureza comercial de um trailer”, redigiu o juiz.

Basicamente, um trailer é um anúncio criado para vender um filme, fornecendo aos consumidores uma prévia do filme.”

Os advogados ainda insistiram em novos argumentos, onde diziam que muitos filmes possuem trailers, onde muitas imagens não fazem parte do filme final, citando, por exemplo, Jurassic Park, também da Universal.

Além disto, disseram que esta decisão poderia fazer com que novos processos judiciais surgissem por parte de telespectadores insatisfeitos com os filmes.

Segundo o raciocínio dos queixosos, um trailer seria despojado da proteção total da Primeira Emenda e sujeito a litígios onerosos sempre que um espectador alegasse estar desapontado com o quanto de qualquer pessoa ou cena que eles viram no trailer estava no filme final.

Se o filme se encaixava no tipo de gênero que eles afirmavam esperar; ou qualquer um de um número ilimitado de decepções que um espectador poderia alegar”, afirmaram os advogados do estúdio.

Em resposta, o Wilson escreveu:

A decisão do Tribunal é limitada a representações sobre se uma atriz ou cena está no filme e nada mais.”

Foi levado em consideração apenas o trailer em que apresenta a atriz, sendo assim, era possível esperar que Ana de Armas estivesse presente no filme, o que não aconteceu.

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