Sem um traje espacial, o que aconteceria com o corpo humano no espaço?

Desvendamos concepções equivocadas e sensacionalistas sobre essa possibilidade.

Ao longo da história, aproximadamente 600 pessoas orbitaram a Terra. Destas, apenas três, os cosmonautas Georgy Dobrovolsky, Vladislav Volkov e Viktor Patsayev, foram vítimas fatais ao ultrapassar a linha Kármán, o limite do espaço.

A questão intrigante persiste: o que ocorreria com o corpo humano exposto ao vácuo espacial sem o devido traje de astronauta? Diferentemente das representações cinematográficas, não presenciaríamos cenas de um horror dramático.

A verdade, muitas vezes obscurecida, revela que a morte no espaço seria menos espetacular e potencialmente menos dolorosa do que a imaginação popular sugere.

O corpo humano no vácuo espacial

Contrariando concepções equivocadas, caso nos expuséssemos ao espaço sem vestimenta adequada, não experimentaríamos a súbita explosão do corpo ou o congelamento imediato.

O verdadeiro perigo reside na ausência de pressão atmosférica e de oxigênio.

Imagem: Shutterstock/Vadim Sadovski

Sem a pressão, os fluidos corporais evaporariam a temperaturas extremamente baixas. A pele, a boca e os olhos borbulhariam rapidamente, formando bolhas nos fluidos corporais.

Embora a maior parte se concentre na pele, a ebulição poderia se estender ao sangue, resultando em uma possível embolia.

Contrariamente à crença popular, o corpo não explodiria. A elasticidade da pele permitiria um inchaço considerável antes de romper.

A recomendação, caso se encontre nessa situação, é não prender a respiração, pois a descompressão pode expandir o ar nos pulmões, levando à ruptura dos órgãos.

A falta de oxigênio induziria à perda de consciência em aproximadamente 15 segundos, concedendo um minuto de inconsciência antes da eventual cessação da vida.

Caso, por algum milagre, ocorresse um resgate, os efeitos da exposição à radiação solar se tornariam uma batalha adicional.

A luz ultravioleta poderia provocar queimaduras solares severas, semelhantes aos efeitos do raio-x, danificando o DNA e aumentando o risco de câncer no futuro.

Nesse sentido, evitar qualquer situação em que a nudez coincida com a vastidão do espaço sideral é a melhor estratégia.

A realidade, por mais assustadora que possa parecer, supera a ficção, oferecendo uma perspectiva fascinante sobre os desafios enfrentados pelo corpo humano no ambiente extraterrestre.

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