Se ainda estivesse vivo, Steve Jobs seria a pessoa mais rica do mundo?

O segmento do mercado tecnológico é, atualmente, o mais lucrativo do mundo todo, com grandes empresas competidoras que impulsionam o avanço da tecnologia.

Quando mencionamos gigantes, é comum lembrarmos da Google ou Microsoft, mas muitos têm em mente imediatamente a companhia com o maior valor de mercado do planeta, a Apple.

No final do último mês de junho, no dia 30, a empresa alcançou a marca de maior avaliação do mundo na bolsa de valores, com US$ 3 trilhões (cerca de R$ 14.1 trilhões na conversão direta atual).

Claro que uma companhia de tal grandiosidade, eleva, e muito, os padrões de seus CEOs e donos. Por isso, os fundadores das gigantes da tecnologia, como Bill Gates e Elon Musk, estão no ranking entre os mais ricos do mundo.

Mas onde estaria Steve Jobs hoje, se não tivesse falecido em 2011? Será que o fundador da Apple seria o homem mais rico do mundo?

Steve Jobs seria o mais rico do mundo atualmente?

Foto: History/Reprodução

Responder a essa pergunta pode ser um pouco complicado, considerando a história e a relação do ex-CEO e fundador da Apple com a própria empresa. Jobs já deteve diferentes partes do negócio, além de ter outros investimentos com potencial equivalente.

Em 2007, por exemplo, ano de lançamento do primeiro modelo do revolucionário iPhone, a empresa de Steve Jobs tinha uma avaliação de US$ 73 bilhões (R$ 345 bilhões). Ao longo de três anos, a Apple alcançou um lucro anual de aproximadamente US$ 100 bilhões (R$ 472 bilhões).

No ano de sua morte, Steve Jobs possuía uma fortuna avaliada em cerca de US$ 10,2 bilhões (R$ 48,2 bilhões), enquanto a empresa alcançou, pouco antes do falecimento do empresário, o valor de mercado de US$ 360 bilhões, atingindo a casa dos trilhões de reais.

Entretanto, como pode uma empresa tão bem avaliada ter um fundador com apenas 10.2 bilhões de dólares? Simples: Steve vendeu muitas de suas ações antes da subida exponencial da Apple.

Além disso, seu lucro, na realidade, vinha majoritariamente de um pequeno estúdio de animação do qual era co-fundador, conhecido como Pixar.

As vendas das ações de Jobs

Após ser expulso de seu cargo na Apple, em 1985, Jobs vendeu 19,9% das ações da empresa por 100 milhões de dólares, ficando apenas com 0,1% como meio estratégico de ter acesso aos relatórios.

Com isso, ele fundou a NeXT, uma empresa de computadores que se consolidou e acabou sendo adquirida pela própria Apple em 1996, por US$ 500 milhões (R$ 2,3 bilhões). Além disso, Steve vendeu suas ações da Pixar em 2007 para a Disney, recebendo US$ 8 bilhões por isso.

E se Steve Jobs mantivesse suas ações até hoje?

Se Steve Jobs tivesse mantido suas participações na Apple até os dias atuais, mesmo com a porção de 5,5 milhões de ações recebidas em 1997, sua fortuna, apenas pela empresa, seria de US$ 29,6 bilhões (R$ 139,9 bilhões).

Já as ações adquiridas pela Disney em 2007 valeriam um total de US$ 12.1 bilhões, somando uma fortuna de US$ 41.7 bilhões (cerca de R$ 197,1 bilhões).

Isso colocaria Steve Jobs como a 28ª pessoa mais rica do planeta. No entanto, se a maioria de suas ações, correspondentes a 20% da Apple, vendidas na década de 90, ainda fossem de sua propriedade, sua fortuna seria astronômica, alcançando US$ 600 bilhões, quase R$ 3 trilhões!

Portanto, Jobs seria, facilmente, o homem no topo do ranking dos mais ricos, com três vezes mais dinheiro do que o atual campeão Bernault Arnault, dono da Louis Vuitton, que possui um patrimônio de US$ 211 bilhões, quase R$ 1 trilhão.