Samuel L. Jackson defendeu a utilização de ofensas racistas em filmes
Em entrevista ao The Times, o ator falou que tais ofensas compõem o contexto histórico no qual as obras do diretor eram ambientadas
Conhecido mundialmente, Samuel L. Jackson defendeu a utilização dos xingamentos racistas utilizado nos filmes do diretor Quentin Tarantino, Pulp Fiction, Django Livre e Os Oito Odiados em que o ator atuou. Em entrevista ao The Times, o ator falou que tais ofensas compõem o contexto histórico no qual as obras do diretor eram ambientadas.
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“Eu acho que está tudo bem se a palavra for usada como um elemento da história, dos temas dela. Uma história de ficção é um contexto. Mas usar palavras derrogatórias só para arrancar uma risada de alguém? Isso é errado“, disse Jackson, criticando o uso dos mesmos xingamentos pelo podcaster Joe Rogan.
“Quando estávamos ensaiando Django Livre, Leo [DiCaprio] disse: ‘Eu não sei se consigo dizer essa palavra tantas vezes em uma cena’. Eu e Quentin respondemos a ele que era preciso. Sempre que alguém quer um exemplo de uso exagerado dessa palavra, eles citam Quentin, e isso é injusto. Ele só está contando a história, e os personagens falam daquele jeito“, falou Jackson.
O século XIX e seus conflitos entre os estados americanos que resultaram na abolição da escravatura ambientou algumas parcerias entre Tarantino e o Samuel L. Jackson, como Django e Os Oito Odiados. Calvin Candie (DiCaprio) é um dos personagens retratados que utilizam das ofensas racistas nesse contexto.
O longa Django está disponível no NOW, já Os Oito Odiados pode ser encontrado nos catálogos do Amazon Prime Video e HBO Max.