Redução do IOF no cartão de crédito para compras internacionais: o que esperar?

Medida anunciada diminui gradativamente o imposto, mas as taxas adicionais ainda vão existir nas transações.

Com a recente redução no Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) nas compras no exterior feitas com cartão de crédito, o Brasil caminha para zerar esse imposto até 2028.

O decreto 11.153, publicado em julho de 2022, estabeleceu um cronograma de diminuição gradual do IOF, o que torna mais acessível e econômico o processo de compra fora do país.

As operações financeiras

A partir de 2 de janeiro, a alíquota do IOF referente a essas operações passou a ser oficialmente de 4,38%, seguindo a progressão que diminui 1 ponto percentual anualmente.

Tal queda é parte de uma estratégia que visa enxugar a carga tributária em aproximadamente 1 bilhão e 400 milhões de reais até 2025, conforme estimado pelo Ministério da Fazenda.

A medida também está alinhada com as obrigações do Brasil para a adesão aos Códigos de Liberalização de Movimentação de Capitais e de Operações Invisíveis, requisitos essenciais para países que buscam integrar a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE).

Queda gradativa do IOF pode influenciar os gastos internacionais até 2028 – Imagem: Shutterstock/Reprodução

No entanto, é fundamental ressaltar que, apesar da redução do IOF, os bancos continuam cobrando taxas com base na cotação do dólar.

A taxa do imposto, que agora está em 4,38%, ainda se soma às taxas adicionais aplicadas pelas instituições financeiras, que, em muitos casos, podem chegar a 7%.

Os especialistas recomendam cautela durante as transações no exterior, já que, mesmo após a extinção do IOF em 2028, os bancos devem manter suas taxas sobre as operações com cartão de crédito, relacionadas à conversão de moeda.

A redução do IOF é um passo importante para tornar mais atrativas as compras internacionais, porém, não garante que os valores finais das transações sejam significativamente menores.

Diante disso, a orientação é para que os consumidores estejam atentos e se mantenham informados sobre as taxas aplicadas em suas transações, buscando estratégias alternativas para compras no exterior, caso as taxas adicionais dos bancos permaneçam inalteradas.

você pode gostar também