Quase mil novas espécies de animais foram descobertas em 2023
Em 2023, centenas de espécies animais foram identificadas, ampliando significativamente o conhecimento sobre a biodiversidade do planeta. Tais descobertas representam uma contribuição importante para a compreensão e preservação da vida selvagem.
No vasto reino animal, a descoberta e catalogação de novas espécies continuam a surpreender cientistas e apaixonados pela vida selvagem.
O ano de 2023 não foi exceção, pois apresentou uma série de descobertas fascinantes que ampliam nossa compreensão da biodiversidade do planeta.
Entre as centenas de espécies recém-encontradas, destacam-se criaturas peculiares, como a lagartixa capaz de lançar gosma e o lagarto desprovido de pernas.
Algumas das espécies identificadas por cientistas em 2023
Em 2023, cientistas do Museu de História Natural de Londres e da Academia de Ciências da Califórnia descobriram quase 1.000 novas espécies, o que revela a persistente riqueza não explorada da Terra.
Esse foi o ano do 50º aniversário da Lei de Espécies Ameaçadas dos Estados Unidos, que tem protegido plantas e animais ameaçados.
Tal legislação contribui significativamente para a preservação de centenas de espécies, de acordo com o diretor-executivo da Academia de Ciências da Califórnia, Scott Sampson.
“No entanto, mais de um milhão de espécies permanecem em perigo devido a atividades humanas, como a destruição de habitats, as alterações climáticas e a poluição”, alertou Sampson em um comunicado.
“Devemos documentar a diversidade viva da Terra para que possamos trabalhar para protegê-la, e a Academia de Ciências da Califórnia tem a honra de participar neste esforço global crítico”, conclui o cientista.
Em 2023, pesquisadores catalogaram 968 novas espécies, abrangendo desde criaturas extintas previamente desconhecidas até besouros, mariposas, lesmas do mar, lagartixas, peixes, sapos, aranhas, plantas, fungos e vermes.
Entre tais descobertas, está um lagarto sem pernas, pertencente à família dos escíncidos, que se assemelha a cobras, habitando o chão da floresta para caçar insetos.
Esses escíncidos possuem características distintas, como aberturas externas nas orelhas e pálpebras móveis.
A nova espécie do réptil foi identificada deslizando pelas encostas da Serra da Neve, em Angola, com um anel rosa em torno do pescoço.
A montanha oferece um ambiente único, com um ecossistema especial devido ao seu isolamento. Ela está localizada no extremo norte do deserto do Namibe e apresenta um clima fresco e úmido.
“Cada nova espécie que descrevemos nesta montanha — e outras semelhantes — é uma evidência de que lugares como este merecem algum tipo de consideração de conservação”, disse Aaron Bauer, pesquisador associado da Academia de Ciências, em um comunicado.
“Ainda estamos encontrando novas espécies nessas ‘ilhas’ isoladas, o que nos diz que não é tarde demais para proteção [de fauna e flora]”, conclui o cientista.
Em 2023, o Museu de História Natural britânico descreveu 815 novas espécies, das quais 619 eram diferentes tipos de vespas.
O Dr. John Noyes e Christer Hansson lideraram as descobertas, concentrando-se na identificação de abelhas, formigas e vespas na Costa Rica. Algumas das novas espécies de vespas exibiam tons metálicos, como azul, roxo e laranja.
Em tributo aos 60 anos de ‘Doctor Who’, Noyes nomeou um gênero de vespa em homenagem aos Daleks, mutantes fictícios da série. Apesar de sua reputação como insetos com ferrões incômodos, as vespas desempenham papel vital no controle de pragas agrícolas.
Além disso, cientistas mexicanos encontraram uma suculenta rara, chamada Pachyphytum odam, nas encostas das falésias da Sierra Madre Ocidental. Nomearam a planta em homenagem à comunidade indígena local O’dam.
Outra descoberta foi a planta Stenostephanus purpureus na Costa Rica, anteriormente confundida com uma espécie semelhante no México por mais de 150 anos.
Ela exibe diferenças nas flores e nos métodos de polinização, sugerindo a intervenção dos beija-flores no processo.
Veja a seguir fotografias de alguns desses achados ambientais.
Espécies descobertas em 2023 – Imagens: Museu de História Natural de Londres/Reprodução