Projeto de lei poderá reduzir pena de criminosos por doação de órgãos
O objetivo é diminuir a lista extensa de pessoas aguardando por transplantes.
Esta trata-se da ideia de que pessoas presas em Massachusetts poderiam doar órgãos ou medula óssea para reduzir suas sentenças. O projeto de lei, apresentado por dois democratas, reduziria as sentenças em pelo menos 60 dias.
Segundo o portal britânico The Guardian, quando um preso entregar seu órgão a alguém na linha de transplante nos Estados Unidos, ele poderá reduzir até 365 dias sua pena.
O projeto de lei é visto pelos críticos como uma forma de coerção contra os 6 mil presos do estado. Atualmente, eles só podem doar seus órgãos ou medula óssea para parentes próximos.
Por que a proposta foi criada?
O projeto tem o objetivo de diminuir o déficit de órgãos para transplantes em todo o estado. De acordo com o Departamento de Saúde do Estado, 3.400 pessoas esperam por um transplante de órgão e mais de 8 mil precisam de uma nova medula óssea.
Este projeto polêmico, se aprovado, permitiria que os presos recebessem benefícios por doação de órgãos no mesmo nível que os doadores voluntários.
O incentivo não pararia na diminuição de pena, os presos também teriam acesso a tratamento médico especializado e conexões para cursos de qualificação profissional.
As redes sociais se dividiram sobre o assunto
Os críticos do projeto argumentam que, se aprovado, poderia criar um cenário em que os presos estariam se aproveitando de suas penas. além disso, destacaram a falta sensibilidade dos políticos ao considerarem algo do tipo. Já os apoiadores comentam que isso pode ajudar a diminuir a grande lista de transplantes.
Uma das autoras da proposta justificou sua atitude com números. “Massachusetts conta com cerca de 5 mil pessoas à espera de um transplante”. Ela ainda propôs um comitê responsável para tomar as decisões que cercam o assunto e ressaltou que as pessoas com menos condições financeiras e sociais seriam as mais beneficiadas pelo projeto.
Complicado chegar a uma conclusão, não? Qual a sua opinião sobre o assunto?