Arqueólogos divulgam imagem de como seria o 1º habitante do Brasil; confira
Tecnologia mostra como era o rosto de Zuzu, homem que viveu há mais de 9.600 anos no País.
Recentemente, por meio de fósseis encontrados em um sítio arqueológico na região do Piauí, um grupo de cientistas recriou o rosto do primeiro habitante do Brasil.
Para isso, contaram com um vasto banco de dados de outros crânios estudados, além da cooperação entre especialistas em reconstruções faciais. Além disso, os pesquisadores descobriram a idade e origem do homem.
Local do achado
Zuzu foi descoberto em 1997, pela equipe da pesquisadora Niède Guidon, e é um crânio de mais de dez mil anos.
O local de descobrimento, Parque Nacional da Serra da Capivara, se tornou um dos maiores amontoados de sítios arqueológicos de todo o mundo, contando com mais de mil deles.
De acordo com especialistas, isso ocorre porque a cadeia montanhosa da região era densamente povoada na era pré-colombiana.
Além dos fósseis, encontraram artes rupestres, sendo consideradas as mais antigas do continente americano. Para muitos, é o verdadeiro parque de diversão dos arqueólogos.
Reconstrução de Zuzu
Para a reconstrução do fóssil, a equipe de designers responsáveis pelo projeto analisou o crânio com base em diversas imagens coletadas por arqueólogos, quando encontraram algumas similaridades entre elas.
No geral, eles contaram com 57 fotografias tiradas para um processo de digitalização e escaneamento em 3D conhecido como fotogrametria.
Inclusive, os estudos iniciais apontavam que Zuzu era uma mulher falecida entre os 35 e 45 anos. Porém, novas análises sugerem que é na verdade do sexo masculino, além de ter cerca de 40 anos e ser de origem asiática.
Isso serviu para sustentar algumas correntes teóricas que acreditam que há milhares de anos humanos migraram da região da Mongólia para as Américas.
Ademais, foi possível notar que as informações do fóssil eram bem semelhantes aos da população vietinamita e de outros crânios encontrados pelo território americano.
Ainda assim, exigem grandes diferenças estruturais, sendo essas contornadas ao fechar das pálpebras.