Planeta 'globo ocular': conheça o exoplaneta mais estranho já descoberto

Revelações surpreendentes sobre os enigmáticos 'planetas oculares' desafiam concepções habituais acerca da vida extraterrestre.

Recentes estudos trouxeram à tona questionamentos sobre a abundância de ‘planetas oculares‘ — designação para mundos alienígenas cujos oceanos os assemelham a globos oculares gigantes.

Em pesquisas, descobriu-se que os oceanos desses planetas podem, por vezes, ser obscurecidos por nuvens densas ou ficar totalmente congelados, alterando sua aparência e, consequentemente, afetando sua capacidade potencial de sustentar a vida.

A peculiaridade visual desses planetas é atribuída ao fenômeno conhecido como “bloqueio das marés com anãs vermelhas”, as estrelas mais comuns do Universo.

Resultado da força gravitacional exercida pela anã vermelha, esse bloqueio mantém um hemisfério permanentemente voltado para a estrela, criando uma face diurna constante, enquanto o outro lado permanece na escuridão.

Inicialmente, a crença era de que o lado iluminado albergaria vastos oceanos, dando à superfície a aparência de um globo ocular. Contudo, novas simulações sugerem o contrário.

Existem diferentes tipos de exoplanetas do tipo “globo ocular” – Imagem: Roen Kelly/Reprodução

A perspectiva da ‘bola de neve’ planetária

Pesquisas recentes indicam que as camadas de gelo marinho podem transportar o frio do período noturno para o diurno, potencialmente congelando toda a superfície do planeta e transformando os mundos oceânicos em verdadeiras “bolas de neve”. Isso desafia a concepção anterior de mundos habitáveis e ricos em água.

A nova perspectiva não apenas modifica nossa compreensão dos planetas ‘globo ocular’, mas também amplia a visão sobre a habitabilidade.

Planetas antes considerados na zona habitável podem, na verdade, estar perpetuamente congelados, com água líquida e luz solar escassas.

O estudo destaca que altos níveis de gases do efeito estufa, como o dióxido de carbono, podem impedir a transformação desses planetas em ‘bolas de neve’.

Um exemplo de exoplaneta semelhante a um globo ocular com um oceano de um lado e uma concha gelada do outro – Imagem: NASA/JPL-Caltech/Reprodução

Nesses casos, o efeito estufa intenso poderia manter a água líquida, sugerindo que formas de vida poderiam existir nessas condições extraordinárias, diferentes da Terra.

Em resumo, esta pesquisa destaca a complexidade e diversidade dos ambientes planetários no universo, indicando que a busca por vida extraterrestre deve considerar uma ampla gama de condições planetárias, muito além das conhecidas em nosso próprio planeta.

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