Pesquisa revela que quase metade dos brasileiros acessa o celular do cônjuge SEM autorização

Entrevistados contaram suas motivações para acessar o celular do cônjuge sem permissão.

Os smartphones se tornaram uma parte essencial de nossas vidas diárias, permitindo-nos ficar conectados com o mundo e com as pessoas importantes em nossas vidas.

No entanto, uma pesquisa recente feita pela Avast revelou que mais de 40% dos brasileiros admitem acessar o smartphone de seus parceiros sem permissão.

O estudo entrevistou mil pessoas e revelou que 61% mexem no celular dos parceiros, mas que menos da metade fazem sem o consentimento do cônjuge.

Dentro desses números, as mulheres representaram a maioria dos que afirmaram ter esse tipo de hábito, tanto com permissão quanto sem permissão.

Dos entrevistados, 69% afirmaram que não tinham o direito de acessar o aparelho celular do parceiro sem sua autorização. O gerente regional da América Latina da Avast, Javier Rincón, falou sobre a temática da pesquisa:

“Nenhuma forma de espionagem é aceitável. Qualquer acesso indesejado é uma violação de privacidade.

Esses números podem parecer baixos, mas esse comportamento pode representar um grande problema, psicologicamente e até fisicamente, para os indivíduos afetados que foram espionados.”

Parceiros acessam smartphone sem permissão
Imagem: Shutterstock

Justificativas mais comuns de pessoas que acessam sem permissão

Para quem tem esse costume, é comum buscar uma justificativa que explique a atitude invasora. Na pesquisa da Avast, 23% admitiram que acessam o celular do parceiro por serem “enxeridos”.

Outros 3% confessam ter acessado o aparelho para fazer a instalação de aplicativos sem a autorização do cônjuge. E, claro, 2% confessaram curiosidade em descobrir determinado fato, como o que o parceiro estava fazendo em certo dia e horário.

Para Paula Lopes, coordenadora geral do Centro de Defesa dos Direitos da Mulher (CCDM) de Alagoas, esses comportamentos podem trazer malefícios à vida do casal:

“Essa prática comportamental de invasão da individualidade do outro está ligada ao apego relacionado a um amor romântico que manipula, é ciumento e controla.

Geralmente, as coisas acontecem aumentando de grau aos poucos e de forma sutil, podendo escalar a níveis mais sérios de invasão de privacidade, perseguição e até agressões físicas.”

Portanto, é importante lembrar que a privacidade é um direito fundamental de todos os indivíduos, logo, o acesso não autorizado a dados pessoais pode ser considerado uma violação da lei. É sempre recomendável obter o consentimento da pessoa antes de acessar o smartphone ou outras informações pessoais.

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