Pesquisa revela qual é o perfil étnico predominante dos gamers brasileiros
Ainda segundo a pesquisa, cerca de 48,8% do público prefere utilizar smartphones para jogar.
Segundo dados oficiais da PGB 2024, amplamente conhecida como Pesquisa Game Brasil, as pessoas negras são a etnia dominante entre os jogadores da atualidade.
A pesquisa, que ocorre anualmente, busca revelar fatos sobre o comportamento dos consumidores de jogos digitais.
Essa nova edição do levantamento revela como a população brasileira está enxergando os games como fonte de entretenimento e, segundo as informações colhidas, 85,4% do público considera os jogos eletrônicos como uma das principais maneiras de se divertir.
Ao todo, foram ouvidas 13.360 pessoas em todo o território nacional, contemplando 26 estados e mais o Distrito Federal (Brasília) entre os meses de dezembro de 2023 e janeiro de 2024.
O trabalho foi conduzido pelo SX Group e pelo Go Gamers, em parceria com a Blend New Research e a ESPM.
De acordo com os resultados obtidos, 73,9% da população brasileira revela consumir algum tipo de produto digital, um aumento de 3,8 pontos percentuais se compararmos com 2023.
“Cada vez mais os games têm um papel importante no dia a dia do jogador brasileiro, se consolidando como uma plataforma de diversão, motivação, socialização e identidade”, diz Guilherme Camargo, sócio do SX Group e professor na pós-graduação da ESPM.
Universo gamer está ganhando mais diversidade
Perfil comportamental do gamer nacional – Imagem: Dropdejogos/Reprodução
Um fenômeno interessante tem ocorrido nos últimos anos, com a dominância das mulheres no universo gamer, além do aumento da presença dos smartphones como meio de acesso.
No ano passado, os homens ainda eram maioria (53,8%), mas neste ano os percentuais tecnicamente se igualaram, com 50,9% de garotas e 49,1% de garotos.
“O retrato dos jogadores de jogos digitais está cada vez mais em linha com o censo demográfico e socioeconômico do Brasil. A presença das mulheres liderando o consumo, a representatividade de pretos e pardos dentro do mercado de jogos digitais e com a ascensão de classes sociais com menor poder aquisitivo tendo o smartphone como plataforma”, afirma Camargo.
Já quanto ao fator idade, as informações indicam que o meio gamer está envelhecendo. As faixas etárias mais representativas são de 30 a 34 anos (16,2%) e de 35 a 39 anos (16,9%).
Em contrapartida, pessoas mais jovens ocupam posições de menor destaque. Indivíduos de 20 a 24 anos ficam com 14,6%, e consumidores de 25 a 29 anos são responsáveis por porcentagens iguais.
Seguidamente, quanto à etnia dos jogadores brasileiros, a pesquisa revela que a maioria possui origem negra (52,3%), somando aqueles que se identificam como pretos (11,2%) e os pardos (41,1%).
Enquanto isso, gamers que se identificam como brancos representam 44,6% do público.
A PGB 2024 mostra também que grande parte dessas pessoas pertence à classe média (B2, C1 e C2), totalizando 64,8%.
A chamada classe média-alta (B1) representa 11,6% dos números, a classe alta (A) compreende 15,8% e as classes D e E, consideradas a base da pirâmide social, ficam com 7,8% do percentual.