Perigo! Por que você NÃO deve informar seu CPF em farmácias?
Prática recorrente nos estabelecimentos virou alvo de questionamentos e suspeitas de uso indevido. Fique atento!
O pedido do número do CPF no caixa de diferentes estabelecimentos virou uma regra no Brasil, principalmente nas farmácias. Mas, em algum momento, você já se perguntou o porquê dessa prática? Temos uma resposta chocante para te dar!
Primeiramente, é preciso ficar claro que esse tipo de ação envolve vários interesses por trás que podem gerar certo risco ao consumidor.
Informar um dado pessoal tão relevante simplesmente realizar um pagamento é uma forma de controle imposto pelo comércio. Isso porque o CPF é o principal identificador do cidadão no Brasil.
Ele é essencial, por exemplo, para abrir conta bancária, declarar imposto de renda, obter empréstimos e outros. Por isso, ele deve ser resguardado.
Você informa seu CPF em comércios?
Uso do CPF ao efetuar o pagamento no caixa? – Foto: Reprodução
No caso dos comércios, eles pedem o número do CPF com a desculpa de emitir nota fiscal eletrônica para fins tributários. De certo modo, a medida se torna justificável.
As farmácias, no entanto, estão indo um pouco além. Elas se aproveitam da oportunidade para coletar outros dados, como nome, telefone, gênero, e-mail, data de nascimento, histórico de compras e outros.
Os dados, portanto, são mais complexos do que se imagina. A junção de todos eles revela bastante sobre você e suas práticas de consumo. E qual é o problema disso, afinal?
Riscos que você corre ao informar o CPF
As farmácias, muitas vezes, deixam de esclarecer aos clientes qual é a finalidade da coleta dos dados, tampouco como eles serão usados e por quanto tempo ficarão armazenados.
Fora isso, os estabelecimentos não garantem a segurança e proteção das suas informações. Elas ficam suscetíveis, por exemplo, a vazamentos, invasões ou compartilhamentos não autorizados.
Todo esse contexto implica riscos que devem ser considerados pelos clientes, como:
- ter a privacidade violada;
- exposição dos hábitos de consumo;
- dados utilizados para fins ilícitos ou discriminatórios;
- dados vendidos ou repassados para outras empresas;
- abordagens invasivas com oferta de produtos e serviços;
- roubo ou clonagem de identidade.
Direitos do consumidor
Em caso de compra, é sempre importante se informar bem sobre os direitos do consumidor, especialmente antes de sair por aí informando dados sensíveis, como é o caso do CPF.
Saiba que é direito seu perguntar o porquê da solicitação dos dados e por quanto tempo eles ficarão armazenados. E mais do que isso: você pode optar por não repassá-los.
No estado de São Paulo, existe uma lei que proíbe farmácias e drogarias de exigirem o CPF dos clientes.
Além disso, ela obriga os estabelecimentos a informar corretamente sobre abertura de cadastro ou qualquer registro usando os dados do consumidor.