Passeio sem volta? Estes são os efeitos em seu corpo se visitasse o Titanic sem submarino
Desde a pressão esmagadora das profundezas oceânicas até a falta de oxigênio, essa jornada tem efeitos devastadores que desafiam os limites da sobrevivência.
Nos últimos dias, não se fala em outro assunto a não ser sobre o desaparecimento do submarino Titan durante uma expedição para ver os restos do famoso transatlântico de luxo, o Titanic.
O submarino viajava pelas águas escuras e geladas do oceano profundo e tinha o objetivo de chegar até o Titanic, afundado em 1912, que atualmente está a aproximadamente 3.800 metros de profundidade.
Infelizmente, o resultado da expedição comercial não foi como esperado, pois os cinco passageiros do submarino Titan perderam a vida durante a viagem. Muitos acreditam que a grande pressão da água naquela profundidade foi responsável pela morte dos passageiros.
Milhares de teorias e apontamentos surgem na mente de todas as pessoas do mundo, afinal, é muito difícil não ter ficado chocado com essa história.
Como um submarino desenvolvido exatamente com o propósito de atingir grandes profundidades pode ter sucumbido à pressão da água e implodido?
Mas você alguma vez parou para pensar a respeito do efeito que a pressão da água teria no corpo humano? Confira a seguir como a ciência pode ser complexa quando envolve a pressão que a água exerce em diferentes profundidades.
Pressão da água x corpo humano! O que aconteceria nesse combate?
Primeiro é importante deixar claro que é difícil e caro ter outro submarino no mundo capaz de mergulhar tão fundo quanto o Titan.
Mas vamos supor que não seja um submarino a chegar a essa profundidade, e sim uma pessoa, um corpo humano equipado com o básico para uma expedição de mergulho. O que aconteceria com esse corpo?
No primeiro momento, seria extremamente difícil para a pessoa iniciar a sua descida, pois as dificuldades e os perigos vão aumentando a cada metro submerso.
De acordo com a revista científica National Geographic, uma pessoa não teria percorrido nem um décimo do caminho quando perderia a sua consciência e, em alguns casos, até morreria.
Já na imersão, ao atingir 5 metros de profundidade, a pessoa começaria a sentir mudanças. A diferença de pressão que o ar contido nos tímpanos tem no ouvido e a pressão exercida pela água se comprimiriam, fazendo com que a membrana se esticasse, causando muita dor.
Mesmo esse sendo um dos menores problemas, ele pode ser resolvido facilmente por meio de uma manobra simples. Estamos falando da manobra de Valsalva, e para realizá-la é necessário expirar o ar cobrindo o nariz e a boca, isso permite que o ar entre no ouvido médio pelas trompas.
Dessa forma, a pressão pode ser facilmente compensada e equilibrada, permitindo dar continuidade à jornada até o fundo do mar.
Ao chegar a 10 metros de profundidade, a pressão atmosférica começará a ser ainda mais forte. A partir daí, a sensação é de que o seu corpo está sendo pressionado por todos os lados.
Mas a viagem segue, e ao alcançar 30 metros de profundidade, um fenômeno chamado Nitrogen Narcosis ocorrerá. A sensação e o estado que o seu corpo vai atingir nesse momento provocará sintomas semelhantes à intoxicação alcoólica.
Ou seja, será difícil pensar com clareza, o corpo já não obedecerá totalmente às suas exigências e até mesmo poderá sofrer alterações em seu comportamento ou em sua personalidade.
Além disso, nesse ponto, você provavelmente já estará sofrendo com dores de cabeça e desorientação há algum tempo. Todos esses sintomas juntos podem causar perda da consciência.
Porém, a viagem ainda não terminou, você lutou e conseguiu atingir 90 metros de profundidade. Mas agora não existem mais possibilidades, tudo é realidade.
A perda de consciência já é certa, e é impossível continuar com a imersão, pois as chances de morte imediata estão ao seu lado e são extremamente palpáveis.
Se, por um milagre, ainda houvesse a possibilidade de continuar a descer, quando a pessoa atingisse entre 120 e 180 metros de profundidade, uma síndrome que ainda não é totalmente conhecida começaria a se desenvolver no corpo.
De acordo com a Biblioteca Virtual de Saúde DeCS/MeSh, a síndrome neurológica de alta pressão é causada pela alta pressão atmosférica aplicada a um ser humano. Ela pode desenvolver sintomas como:
- Tremores
- Náusea
- Tontura
- Falhas motoras e mentais
- Convulsões
Por fim, nesse ponto de profundidade, seria considerado um milagre que uma pessoa ainda tivesse controle sobre o seu corpo. A morte torna-se algo inevitável: nenhum corpo humano é capaz de suportar tamanha pressão.
Conta para a gente nos comentários qual é a sua opinião sobre o assunto. Você teria coragem de descer tantos metros de profundidade no oceano totalmente desconhecido para ver de perto o lendário Titanic?