111 anos depois, técnica revolucionária permite ver detalhes do Titanic pela primeira vez

Ao todo, foram tiradas mais de 700 mil fotografias do naufrágio.

Há 111 anos, em 1912, acontecia o que ficou marcado como o mais famoso naufrágio de todos os tempos, o Titanic. A tragédia, que vitimou mais de 1,5 mil pessoas, ainda hoje é envolta de muitos mistérios. Porém, uma nova técnica permitirá que especialistas estudem o navio.

A tecnologia de varredura possibilitou a análise do naufrágio em mínimos detalhes e a formação de imagens em 3D do Titanic, que são inéditas. Para a empreitada, foram necessárias mais de 700 mil fotografias de diferentes ângulos.

Uma expedição shakespeariana

Em 2022, a empresa Magellan, especialista em expedições submarinas, realizou, em parceria com a produtora de documentários Atlantic Productions, uma expedição para o local do naufrágio do Titanic. O objetivo? Fazer uma varredura da área.

Para a varredura, foram necessários dois submarinos, Romeo e Juliet, que tiraram mais de 700 mil fotos do navio em diferentes ângulos. Os submarinos, que eram controlados remotamente, foram utilizados durante mais de 200 horas de expedição.

As imagens são impressionantes. Por meio da sobreposição das imagens, foi possível criar um modelo em 3D de tamanho real do naufrágio. Algo completamente diferente do que havia até então, já que as imagens disponíveis eram todas de baixa resolução.

Imagens em 3D do Titanic.
Foto: Atlantic Productions/Magellan/Reprodução

Uma nova explicação sobre o naufrágio

De acordo com o historiador Parks Stephenson, as imagens podem nos fornecer evidências de uma causa alternativa para a tragédia. Ao contrário da hipótese, a causa talvez não tenha sido uma colisão lateral com um iceberg.

A riqueza de detalhes permitirá que cientistas reconstituam o acidente em seus mínimos detalhes. Para o historiador, ainda há muitas informações que não sabemos a respeito do desastre. Uma das teorias alternativas é a de que o navio tenha encalhado em uma geleira.

Embora o processamento de toda essa informação leve anos, devemos começar a fazer descobertas em breve. Certamente, esse é um passo muito além do que existia até então. Principalmente porque, desde 2012, as expedições foram restringidas.

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