Papai Noel não era como conhecemos hoje; veja a mudança do bom velhinho
Descubra as faces esquecidas de Papai Noel, explorando suas variadas representações antes da revolução cromática do século 20.
Papai Noel, figura lendária associada ao espírito natalino, tem uma história fascinante que remonta séculos. Historicamente, sua representação era diversa e variava em características.
Antes de 1900, a figura de Papai Noel estava longe da imagem que atualmente associamos ao generoso velhinho de barba branca e roupas vermelhas.
As representações históricas desse personagem natalino eram variadas e refletiam a diversidade cultural de diversas regiões do mundo.
Na verdade, Papai Noel era retratado de inúmeras maneiras, desde um magro e austero bispo até um personagem mais folclórico, muitas vezes associado a mitos e tradições locais.
Na tradição cristã, a figura original de São Nicolau, um bispo do século IV conhecido por sua generosidade e caridade, serviu como inspiração para o Papai Noel.
Representado inicialmente de forma mais magra e séria, São Nicolau visitava lares para distribuir presentes às crianças no período natalino.
No entanto, tais representações variavam, e em algumas culturas o bom velhinho aparecia como um personagem mais lúdico, muitas vezes acompanhado de ajudantes.
São Nicolau, aquele que inspirou o personagem Papai Noel – Imagem: Museu do Vaticano/ Reprodução
Papai Noel em vermelho e branco
A transformação mais marcante na imagem de Papai Noel, contudo, ocorreu graças a uma colaboração inesperada: a parceria entre a Coca-Cola e o ilustrador Haddon Sundblom.
Depois de 1930, a gigante de refrigerantes lançou uma campanha publicitária natalina que deixaria uma marca duradoura na iconografia do Sr. Noel.
Antes dessa campanha, a imagem de Papai Noel não estava consolidada, o que permitia interpretações diversas. No entanto, Sundblom foi encarregado de criar uma representação visual do personagem para a Coca-Cola.
Papai Noel em 1930, diferente de anos anteriores, quando foi reimaginado – Imagem: Coca-Cola/Reprodução
O artista desenhou um Papai Noel mais rechonchudo, sorridente e, notavelmente, vestido com as cores distintivas da marca: vermelho e branco.
Coca-Cola e Papai Noel
Essa campanha publicitária, que durou décadas, teve um impacto significativo na percepção global do Papai Noel. A imagem de um velhinho afável, barrigudo, com barba branca e com um traje vermelho tornou-se tão onipresente que é difícil dissociá-la do Natal.
O sucesso da campanha da Coca-Cola solidificou tal representação, ao criar uma iconografia que lembramos até os dias de hoje, em cada final de ano.
Em 1930, quando a campanha foi lançada, ela não apenas promovia a Coca-Cola, mas também introduzia uma nova interpretação de Papai Noel ao público.
O personagem, agora associado ao calor e à generosidade, rapidamente conquistou corações e mentes, tornando-se sinônimo das festividades natalinas.
A estratégia publicitária da Coca-Cola foi tão eficaz que, ao longo dos anos, Papai Noel passou a ser amplamente aceito e adotado em todo o mundo com suas características modernas.
A visão tradicional de um Papai Noel magro e com trajes diferentes foi eclipsada pela imagem calorosa e acolhedora criada pela colaboração entre a Coca-Cola e Haddon Sundblom.
Em suma, a história de Papai Noel é uma fusão fascinante de tradição, criatividade publicitária e uma marca que moldou não apenas a imagem do Natal, mas também a forma como vemos o icônico velhinho de barba branca e roupa vermelha durante as festas de fim de ano.