País com calendário próprio de 13 meses ainda vive em 2017
País mantém um calendário único com 13 meses, diferindo do restante do mundo.
Enquanto o mundo inteiro celebra o ano de 2025, a Etiópia segue um calendário único, que mantém o país vivendo no ano de 2017. Essa nação africana adota um sistema de contagem do tempo diferente do nosso, baseado no antigo calendário copta, originário do Egito.
O calendário etíope, também conhecido como Ge’ez, diverge do gregoriano, o que resulta em um descompasso temporal de sete a oito anos entre os países que adotam os diferentes sistemas.
Tal diferença está ligada ao cálculo distinto do nascimento de Jesus, adotado como base para muitas contagens de tempo.
Estrutura do calendário etíope
Um dos aspectos mais notáveis do calendário etíope é sua estrutura, composta por 13 meses, e não 12, como o nosso. Doze desses meses têm duração fixa de 30 dias, enquanto o mês adicional, conhecido como Pagume, possui 5 dias (ou 6 dias em anos bissextos).
Essa particularidade proporciona uma organização precisa do tempo, na qual cada mês contém quatro semanas completas. Assim, as datas caem nos mesmos dias da semana todos os anos, facilitando o planejamento das atividades anuais.
O sistema usado no país africano também conta com uma organização própria das horas. Diferentemente do horário convencional, o dia começa ao nascer do sol, influenciando diretamente na rotina diária etíope.
Convivendo com dois calendários
Mesmo que a Etiópia utilize o calendário gregoriano em interações internacionais, como eventos oficiais com autoridades, o calendário etíope predomina nas atividades diárias da população. Instituições como escolas, órgãos públicos e documentos oficiais seguem estritamente este sistema.
Com o descompasso causado por essa diferença, enquanto na maior parte do mundo é dia 7 de julho de 2025, a Etiópia está em 30 de Säne de 2017.
A coexistência de dois calendários no país é uma demonstração de resiliência cultural. O comércio e o turismo exigem a adoção do calendário gregoriano, mas o cotidiano etíope permanece fiel às suas tradições.
Assim, a Etiópia emerge como um exemplo notável de como as tradições culturais podem coexistir com as exigências do mundo moderno, mantendo viva a rica herança histórica do país.