Os crimes que inspiraram a criação de Leatherface

“No verão de 1973, a poucos quilômetros de Austin, Texas, um homem perturbado não identificado atacou cinco jovens de uma maneira cruel e horrível. Os assassinatos chocantes foram cometidos com diferentes ferramentas, como martelos, ganchos de carne ou o mais assustador de todos: um motosserra.”

Esse é o início da última parte da franquia, que é foi lançada, de forma exclusiva, na Netflix  e que é vivida 47 anos após os primeiros crimes.

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O filme é dirigido por David Blue Garcia para a Netflix, o oitavo desde o primeiro de Tobe Hooper de 1974, que fez o cruel assassinato de quatro jovens por um homem que utilizava mascara feita de pele humana, que permanece sendo o crime mais famoso ainda não resolvido da história do Texas e seu autor de identidade ainda desconhecida, ainda segue matando.

Quando Tobe Hooper iniciou seu trabalho com o The Texas Slaughtes, que teria estreia em 1974, originou uma franquia Homer famosa, foi decidido iniciar com essa narrativa: “Um dos crimes mais estranhos nos anais da história americana.”

Entretanto, isto era apenas uma estratégia de marketing. Leatherface não existiu e nem tais crimes aconteceram.

Ainda que o início pudesse levar a erros, o diretor tinha dois objetivos: por um lado, mais atracão para o público, porém, com uma história contada de forma manipulada. O diretor também respondeu ao debate cultural e político dos anos 70 sobre as decepções do governo em relação à cidadania.

Embora a história não seja real, existem partes verdadeiras, o diretor se inspirou nos autores de alguns crimes reais e assustadores dos Estados Unidos do pós-guerra e a cobertura sensacionalista da mídia na criação de Leatherface e da lenda ao seu redor.

Elmer Wayne Henley, o adolescente que trouxe seus próprios amigos para seu assassino

Segundo o diretor, pouco antes de iniciar seu trabalho no longa, ele se assustou com a prisão de Elmer Wayne Henley, um serial killer de pouca idade que sequestrou, estuprou e assassinou, ao menos, 28 adolescentes entre 1971 e 1973.

Na adolescência, o serial killer se envolveu de uma sequência de assassinatos que ficaram conhecidos como Os Assassinatos em Massa de Houston em que, aproximadamente, trinta crianças foram sequestradas, torturadas, estupradas e assassinadas por Dean Corll com o auxilio de Henley e outro jovem cúmplice denominado David Owen Brooks, sendo que, alguns deles, eram seus próprios amigos.

O próprio Henley assassinou Corll a tiros quando pediu que ele participasse de suas mortes. Tempo depois, confessou a policia o que eles vinham fazendo nos últimos três anos. Hoje, ele cumpre sua sentença.

Ed Gein, o assassino que “decorou” sua casa com restos humanos

Ed Gein foi, provavelmente, um grande exemplo por trás das inspirações do filme. Os crimes de Ed respingaram em todo o país nos anos de 1950 e também no próprio diretor que era criança na época.

Ele não é natural do Texas e sim de Winsconsin, porém, os rastros de crueldade do serial killer se espalhou pelos Estados Unidos.

Também foi a inspiração de Alfred Hitchcock para criar Norman Bates of Psycho. Ed Gein tinha algumas características como seu QI baixo, seu costume de utilizar roupas femininas e sua paixão em mutilar cadáveres que foram incorporados em Leatherface.

Os crimes foram cometidos por anos em sua cidade natal, ainda que o número de vitimas seja desconhecido. O desaparecimento do dono de uma loja em Plainfield foi o que levou a policia até Ed, porém, o que espantou os policiais foi que, ao chegar em sua propriedade, foi encontrado um corpo decapitado e mutilado da vítima e ainda muitos restos humanos.

Mais tarde, Ed confessou  que ia em cemitérios à noite e exumavam cadáveres recentemente enterrados. Ele foi julgado pelo assassinato, porém, depois declarou-se doente mental e foi internado em uma instituição psiquiátrica.

Ed Gein faleceu de insuficiência respiratória em 1984.

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