Preocupante: uma onda de choque solar abriu uma rachadura no campo magnético da Terra
No último dia 19, ocorreu um fenômeno geomagnético que afetou o campo magnético do nosso planeta.
No dia 19 de dezembro, uma enigmática onda de choque solar, através de uma rajada de vento, acabou enviando uma carga de material em alta velocidade que colidiu com o campo eletromagnético da Terra, abrindo uma ruptura na magnetosfera.
A carga de plasma poderia, em um caso mais grave, ter causado uma tempestade geomagnética. Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.
Ainda não se sabe a origem das ondas de choque
Apesar das origens da onda de choque misteriosa não serem necessariamente conhecidas, os cientistas responsáveis por estudar essa área acreditam que ela pode ser proveniente da irradiação de massa coronal lançada pela mancha solar, de codinome AR3165.
Essa mancha trata-se de uma região efervescente localizada na superfície do Sol que liberou uma quantidade de pelo menos oito erupções solares no dia 14 de dezembro, causando um breve apagão de rádio sobre a região do Oceano Atlântico.
Sabe-se que as manchas solares são regiões que de fato possuem campos magnéticos vigorosos, e estes são criados pelo fluxo de cargas elétricas, onde se entrelaçam antes de se fragmentarem repentinamente.
Quando lançadas, essas irradiações se transportam a velocidades de milhões de quilômetros por hora, levando consigo as partículas carregadas do vento solar para conceber uma gigantesca frente de onda associada que, se direcionada para o planeta Terra, pode gerar tempestades geomagnéticas.
Tais tempestades acontecem quando partículas solares energéticas, principalmente compostas de elétrons, prótons e partículas alfa, são absorvidas e posteriormente forçam o campo magnético da Terra.
Essas tempestades geomagnéticas podem, inclusive, formar rachaduras na magnetosfera que se mantém abertas por horas a fio, permitindo assim que algum detrito solar flua e interrompa satélites, comunicações de rádio e sistemas de energia.
Além disso, ela também pode influenciar na rede elétrica e nas funções do satélite. Isso, por sua vez, impactaria em dispositivos móveis e até mesmo nos GPS.