O que aconteceu com Carisma Carpenter e Joss Whedon? Saiba mais!

Recentemente, Charisma Carpenter, que interpretou Cordelia Chase na série “Buffy the Vampire Slayer and Angel”, de 1997 a 2004, apresentou alegações do comportamento emocionalmente abusivo e não profissional de Joss Whedon como diretor e produtor. Em uma declaração em duas partes, postada no Twitter em 10 de fevereiro com a legenda “Minha verdade”, Carpenter afirma que o comportamento inapropriado e cruel de Whedon no set, particularmente quando ela estava grávida, desencadeou nela uma condição física crônica, bem como ansiedade contínua.

Em sua publicação no Twitter, a atriz escreveu sobre suas “ameaças contínuas, passivo-agressivas” e sobre ele ser “mau e depreciar os outros abertamente”, além de muitas vezes selecionar seus favoritos, colocando as pessoas umas contra as outras para “competir e disputar por sua atenção e aprovação”. Essa declaração também conta com a hashtag “#IStandWithRayFisher”.

Além disso, a atriz descreveu um incidente particular que ocorreu relacionado a um comportamento emocionalmente abusivo durante sua gravidez durante as filmagens de “Angel”:

“Ele me perguntou se eu ia ‘ficar com ele’ e de forma manipuladora armava minha feminilidade e fé contra mim. Ele começou a atacar meu personagem, a zombar das minhas crenças religiosas, acusar-me de sabotar o show e, então, sem cerimônia, me demitiu na temporada seguinte, uma vez que eu dei à luz.”

Em seguida, a atriz diz que Whedon então fez uma chamada a 1h da manhã depois que seu médico “recomendou encurtar suas horas de trabalho”, pois, devido ao estresse e às longas horas de gravação, ela experimentou contrações de Braxton Hicks, isto é, sensações de um falso trabalho de parto.

Carpenter admite que reprimiu sua própria dor durante muito tempo, mas que o movimento Time’s Up a motivou a se apresentar devido ao seguinte motivo:

“A sociedade e a indústria difamam as vítimas e glorificam os abusadores por suas realizações. O ônus está sobre os abusados com a expectativa de aceitarem e se adaptarem para continuarem empregados; sem responsabilização sobre o transgressor, que navega ileso, impenitente. Sem remorsos.”

Carpenter publicou essa declaração em solidariedade ao ator Ray Fisher, que interpretou Cyborg em “Liga da Justiça”. Fisher acusou Whedon de comportamento abusivo e racismo no set das refilmagens do filme, o que levou a WarnerMedia a iniciar uma investigação interna sobre as alegações de Fisher.

Em seu depoimento, Carpenter diz que participou da investigação da “Liga da Justiça” da Warner porque “acreditava que Ray seja uma pessoa íntegra que está dizendo a verdade”, e isso “me incomoda e me entristece que em 2021 os profissionais ainda tenham que escolher entre denunciar o local de trabalho ou se sentir seguros nesse local”.

Em janeiro de 2021, a Warner Bros. cortou Fisher do elenco do próximo filme da DC, “The Flash”, no qual ele deveria reprisar seu papel como Cyborg. Carpenter, por sua vez, chamou isso de “a gota d’água”.