Abdução alienígena: o que a ciência diz sobre os relatos?

Como histórias de abdução alienígena e avistamentos de OVNIs sempre são assunto, saiba como a ciência se posiciona diante dos relatos.

Apesar de parecer apenas um tema de filmes de ficção científica, muitas pessoas no decorrer da história já relataram avistamentos de ovnis e experiências de abdução por alienígenas.

Mais do que uma simples história, muitos ficaram com marcas psicológicas que servem de evidência para tais eventos. Além disso, há pessoas que relatam terem sido abusadas por tais seres.

Primeiros casos

Histórias sobre ovnis começaram a ser espalhadas já nas décadas de 40 e 50. O primeiro evento registrado sobre o assunto é o famoso Caso Roswell (1947), que foi o responsável pelas primeiras pesquisas sobre o assunto.

O primeiro relato conhecido sobre abdução foi contado por Betty e Barney Hill. O casal de New Hampshire contou que avistou luzes estranhas no céu e, após isso, passaram por “perda de memória”, tendo uma sensação de “tempo perdido”. Tudo isso teria acontecido em setembro de 1961.

‘Sinais’ de abdução

Pessoas que afirmam terem sido abduzidas compartilham de alguns sinais que aumentam sua crença de terem realmente vivido esse evento. Alguns sinais comumente relatados são os seguintes:

  • Tempo perdido: um dos sinais mais vivenciados envolve a sensação de perda de tempo. Essa janela de tempo supostamente perdido pode ser de apenas alguns minutos ou mesmo de dias, sendo que alguns dizem que não têm memórias desses períodos;
  • Ansiedade: as pessoas que sentem que passaram por um episódio de abdução exibem sintomas semelhantes aos de estresse pós-traumático (TEPT) e vivem em um constante estado de alerta, com medo de serem abduzidas novamente;
  • Ruídos: as vítimas relatam ainda que ouvem ruídos semelhantes a vozes (ou máquinas) quando estão prestes a dormir ou a acordar;
  • Pesadelos, insônia e sonambulismo: sonhos vívidos em que a pessoa revive o trauma são comuns. Alguns relatam dificuldade para dormir, enquanto outros contam que dormiram em um local e acordaram em outro;
  • Figuras de sombras: alguns dizem terem visto formas estranhas e figuras de sombra que poderiam ser descritas como fantasmagóricas;
  • Novas habilidades: após o episódio, as pessoas relataram terem desenvolvido habilidades psíquicas e telepáticas;
  • Microchips implantados: uma reclamação comum é a implantação de microchip, que misteriosamente acaba sumindo antes de poderem ser testados;
  • Raptos noturnos e comunicação telepática entre aliens e humanos: as histórias sobre eventos desse gênero seguem uma linha parecida, isto é, os raptos acontecem à noite e, depois, o humano é submetido a exames. Em geral existe um tipo de comunicação por meio de telepatia entre o humano e o extraterrestre.

O que a ciência tem a dizer?

Mais do que apenas relatos, a ciência leva em consideração os padrões que essas pessoas relatam e que têm em comum. Segundo alguns estudos, a grande maioria das pessoas que relata passar por essa experiência tem um traço de personalidade em comum: a propensão para a fantasia. Isso não significa que elas exibam sinais de instabilidade mental.

Outro ponto abordado é um evento chamado dissociação. Nessa ocorrência, pessoas que sofreram traumas severos e experiências negativas (muitas vezes, na infância) sofrem com processos mentais que se separam da realidade.

Outra possibilidade que a ciência explora é a hipnose, pois esse tem sido o recurso escolhido por muitos para readquirir a memória perdida do evento. Mas será que a memória é recuperada ou a hipnose acaba incentivando a criação de tais histórias?

Já a paralisia do sono, distúrbio em que a pessoa se sente consciente, mas não consegue se mover, também pode servir de gatilho para a ideia de abdução, pois o relato de estar consciente, mas incapaz de se movimentar, é frequente nas histórias de abdução.

Em suma, de acordo com o neurocientista Michael Persinger, ainda há a possibilidade de sensibilidade do lobo temporal, fato que faz com que os pacientes passem por alucinações.

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