O gigante acordou? Vulcão adormecido por quase 5 séculos pode entrar em erupção na Europa

Um dos maiores medos da humanidade são os eventos naturais catastróficos, como tsunamis, terremotos e furacões. Isso porque são eventos incontroláveis e, quando ocorrem, os desastres resultantes são enormes.

Por isso, muitas pessoas que vivem em certas regiões do planeta lidam com essa constante preocupação. E muitos países têm histórias assustadoras para contar sobre esses eventos.

Afinal, quem não conhece a história da cidade de Pompeia, por exemplo? É o local, na Itália, que foi devastado por uma erupção vulcânica ocorrida há mais de 1.900 anos e que deixou marcas permanentes.

E, agora, mais uma vez, o país se alarma com uma descoberta científica que relembra esses acontecimentos e coloca em risco grande parte do seu território com uma possível erupção do vulcão mais perigoso do continente.

Após 485 anos inativo, vulcão na Europa pode entrar em erupção

De acordo com um estudo publicado na revista científica  Communications Earth & Environment, na última sexta-feira (9/6), o vulcão mais perigoso de toda a Europa pode estar finalmente acordando de seu sono de 485 anos.

Isso, porque o vulcão, localizado próximo a Nápoles, na Itália, e conhecido como Campi Flegrei, está dando indícios de um rompimento de sua superfície.

O local é um aglomerado de montes e crateras muito próximas ao Vesúvio (vulcão que destruiu Pompeia). Estima-se que milhares de pequenos terremotos ocorreram na região nas últimas décadas, o que resultou em uma crosta com risco de ruptura.

Portanto, caso uma erupção ocorra, mais de um milhão de pessoas podem sofrer diretamente com as consequências, uma vez que são moradores das regiões ao redor do complexo de vulcões.

Além disso, a projeção, ainda segundo os pesquisadores, para um caso parecido aos anteriores é de que a erupção poderia causar inúmeros tsunamis, lançar gases nocivos à atmosfera e sua nuvem de fumaça tóxica causaria um inverno na Terra, matando incontáveis espécies da fauna e da flora.

Confira o vídeo de simulação da erupção:  

Então estamos em risco?

Não, não é bem assim. Na verdade, não há nenhuma garantia de erupção, como explica o autor do estudo, Christopher Kilburn, professor na Universidade College London, do Reino Unido.

“Nosso novo estudo confirma que Campi Flegrei está se aproximando da ruptura. Isso não significa que uma erupção esteja garantida. A ruptura pode abrir uma rachadura através da crosta, mas o magma ainda precisa estar empurrando para cima no local certo para uma erupção ocorrer.”

Além disso, a erupção mais forte registrada no Campi Flegrei foi de magnitude 7, sendo que a partir do índice 8 se considera uma erupção de alta magnitude.

Metodologia do estudo

Os cientistas fizeram leituras sísmicas e estudaram a elevação do solo, tentando analisar qual seria a resistência da região ao fenômeno observado. Embora a ruptura possa parecer preocupante, para ocorrer uma erupção, outros fatores devem ser considerados, como o acúmulo de gases e a movimentação do magma, que não podem ser previstos.

Por isso, o vulcão pode simplesmente estar em uma pequena dança de subida e descida suave, assim como outros fazem ao redor do planeta, podendo voltar a adormecer por mais centenas de anos.