Novo remédio promete ser método anticoncepcional para HOMENS
Novo medicamento apresenta a redução completa da mobilidade de espermatozoides, impedindo a fecundação. Além disso, não envolve hormônios!
Há muitos anos, estudam-se formas de produzir um contraceptivo para homens. No entanto, apesar de diversos medicamentos terem sido apresentados, nenhum recebeu aprovação, portanto foram descontinuados.
Mas isso não levou ao fim das pesquisas; pelo contrário. Cientistas especializados na área de anticoncepcionais continuaram buscando formas de desenvolver um remédio capaz de impedir a fecundação sem que haja a esterilidade masculina.
A maioria dos medicamentos não é aprovada porque altera a produção de testosterona, o hormônio masculino. Mas a mais recente descoberta aparenta estar mudando a situação.
De acordo com pesquisa publicada na revista digital Nature, o novo medicamento anticoncepcional masculino possui o efeito esperado sem a necessidade do uso de hormônios.
O medicamento atua retirando a mobilidade dos espermatozoides, que são “atordoados” com o uso da droga. De acordo com a equipe responsável pela criação do remédio, ele entra em ação cerca de uma hora após a ingestão.
Além disso, o efeito se reverte após algumas horas. Ou seja, os homens que utilizarem o medicamento não necessitam tomar continuamente a droga, sendo necessária apenas a ingestão algumas horas antes do ato sexual.
Se não há hormônios, como funciona?
Caso tenha feito a pergunta acima, saiba que esse produto funciona à base de uma proteína chamada sAC ou adenilil ciclase solúvel. Por não se tratar de uma solução hormonal, esse remédio não acarretará nenhum efeito colateral relativo à produção hormonal masculina.
Ainda assim, a droga está em fase de teste e até o momento recebeu apenas o nome de TDI-11861. Os testes iniciais foram executados em camundongos criados em laboratório, quando foram constatados os efeitos apresentados pela pesquisa. Nos animais, a produção de espermatozoides havia perdido a capacidade de locomoção.
Segundo os dados apresentados, o efeito de perda de locomoção permaneceu ativo por cerca de três horas. Assim, 24 horas depois, a movimentação dos gametas retornou ao normal. Portanto, ao contrário dos contraceptivos femininos, que, para perder o efeito, demoram em média três meses, esse possui horas de duração.
De acordo com a equipe responsável, logo iniciaram-se os testes em coelhos para somente depois passar para humanos. Caso haja sucesso nos testes em humanos, esse novo medicamento permite aos homens que façam escolhas diárias referentes a sua fertilidade.