Nasa capta milhares de estrelas com o Telescópio Espacial Hubble

O aglomerado globular NGC 6355 possui uma grande concentração de estrelas que contêm atração gravitacional mútua.

A National Aeronautics and Space Administration (Nasa) encontrou um aglomerado globular com a ajuda do Telescópio Espacial Hubble. Ele está a menos de 50 mil anos-luz da Terra, na constelação de Ophiuchus (Serpentário). O NGC 6355 se trata de um aglomerado globular galáctico que fica nas regiões internas da nossa Via Láctea.

Aglomerados globulares são grupos estáveis ​​e ligados de milhões de estrelas, os quais se pode encontrar em qualquer tipo de galáxia.

As consistentes populações de estrelas e atração gravitacional recíproca fornecem a esses aglomerados uma maneira aproximadamente esférica, com uma quantidade de estrelas brilhantes cercadas por uma separação cada vez mais distanciada de estrelas.

O Hubble encontrou o núcleo brilhante do NGC 6355 com detalhes na imagem abaixo, e é a área com diversas estrelas que aparecem no meio da fotografia.

Imagem: ESA/Hubble & Nasa, E. Noyola, R. Cohen

Hubble e a revolução na pesquisa

Com sua capacidade de captura acima das distorções da atmosfera, o Hubble foi capaz de revolucionar a pesquisa dos aglomerados globulares.

Isso porque não é muito possível diferenciar as estrelas umas das outras em aglomerados globulares com telescópios terrestres. Mas os astrônomos conseguiram esse feito ao utilizar o Hubble para pesquisar de forma mais detalhada as estrelas que existem nos aglomerados globulares.

Esta imagem captada pelo Hubble do NGC 6355 possui dados tanto da Advanced Camera for Surveys quanto da Wide Field Camera 3.

Além disso, os cientistas que pesquisaram o aglomerado globular relatam que essa captura vai auxiliar na compreensão de elementos muito exóticos ocultos dentro do aglomerado globular, sua coletividade de estrelas de nêutrons de rotação mais veloz, ou pulsares.

De acordo com os pesquisadores, o aglomerado é o lar de mais de cinco pulsares, estrelas de nêutrons de rápida rotação com campos magnéticos quatro vezes mais fortes que o da Terra.

Por sua vez, os pulsares se criam quando os núcleos de estrelas massivas não conseguem mais manter a sustentação contra a pressão da gravidade internamente. Assim, essa situação causa um colapso gravitacional, significando que as estrelas de nêutrons são feitas do material mais denso do Universo.

Enfim, os cientistas acreditam que os pulsares criam suas fantásticas velocidades de rotação quando as estrelas de nêutrons consistem em sistemas binários e iniciam a acumulação de material de uma companheira estelar.

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