Não é o 'One Piece', mas estes são os 4 maiores tesouros de naufrágios já encontrados
Explore os maiores tesouros submersos já encontrados, com fortunas em ouro, prata e esmeraldas recuperadas dos oceanos.
Os oceanos guardam alguns dos maiores tesouros da humanidade, frutos de naufrágios lendários que, por séculos, ficaram perdidos nas profundezas. Quem conhece e acompanha a história do anime/mangá de One Piece sabe bem do que estamos falando.
Essas histórias de grandes fortunas e embarcações afundadas sempre capturaram a imaginação, e, de tempos em tempos, exploradores destemidos conseguem desenterrar esses tesouros do fundo do mar.
Maiores tesouros de naufrágios já descobertos
1. San José (1708)
Destroços do San José. Foto: Presidência da República da Colômbia
Imagine um navio repleto de ouro, prata e esmeraldas, afundando durante uma batalha naval feroz. Esse foi o destino do galeão espanhol San José, que afundou em 1708 nas águas da costa colombiana, enquanto enfrentava a marinha britânica. O navio fazia parte da frota do tesouro espanhol, transportando riquezas da América do Sul, estimadas hoje entre 93 e 121 bilhões de reais.
Por mais de 300 anos, o San José permaneceu perdido até que, em 2015, a marinha colombiana o encontrou. No entanto, sua descoberta trouxe mais do que relíquias e moedas — vários países, incluindo Espanha e Colômbia, entraram em uma disputa para reivindicar o tesouro. O San José continua sendo um dos mais intrigantes mistérios e maiores achados arqueológicos dos mares.
2. Nuestra Señora de Atocha (1622)
Foto: Reprodução
A busca pelo Nuestra Señora de Atocha se tornou um sonho de vida para muitos caçadores de tesouros. Afundado em 1622 durante um furacão na costa da Flórida, esse galeão espanhol estava carregado com 40 toneladas de ouro, prata e esmeraldas provenientes das colônias espanholas.
Após séculos de tentativas fracassadas, foi o caçador de tesouros Mel Fisher quem, em 1985, realizou o sonho de muitos: encontrou o naufrágio e recuperou um tesouro avaliado em cerca de 450 milhões de dólares.
Entre os itens recuperados, um dos mais notáveis foi a “money chain”, uma corrente de ouro avaliada em 100 mil dólares, usada como forma de pagamento na época.
3. SS Central America (1857)
Retrato do SS Central America. Créditos: Frank Leslie’s Ilustrated Newspaper – Libraby of Congress
Conhecido como o “Navio do Ouro”, o SS Central America afundou em 1857 durante uma tempestade, levando consigo uma fortuna da Corrida do Ouro da Califórnia. Esse naufrágio tornou-se um dos mais procurados da história por sua carga preciosa — barras de ouro, moedas e pepitas, com um valor estimado entre 150 e 300 milhões de dólares.
O explorador Tommy Thompson descobriu o Central America em 1988 e recuperou parte do ouro. No entanto, a história desse achado ficou marcada por disputas legais e controvérsias, já que Thompson se envolveu em problemas judiciais relacionados à distribuição dos ganhos.
4. Whydah Gally (1717)
Modelo do barco. Créditos: Jjsala / Flickr
Por último, o Whydah Gally foi o terror dos mares no início do século XVIII. Comandado pelo famoso pirata “Black Sam” Bellamy, o navio saqueou mais de 50 embarcações antes de encontrar seu fim em uma tempestade em 1717, na costa de Cape Cod. Carregado com tesouros de outros navios, o Whydah afundou levando consigo uma fortuna pirata estimada em cerca de 400 milhões de dólares.
Foi só em 1984 que o explorador Barry Clifford encontrou os restos do Whydah Gally, fazendo dele o único navio pirata da Era de Ouro da pirataria autenticado até hoje. A descoberta revelou moedas, joias e canhões que outrora pertenciam ao infame pirata Bellamy e sua tripulação.