Pesquisa mostra crescimento do público feminino no universo dos games

Meninas e mulheres são maioria entre jogadores amadores; contudo, elas ainda buscam mais espaço no e-sports.

Como é de conhecimento de grande parte das pessoas, 8 de março é o Dia Internacional das Mulheres. A data, de alcance global, certamente gera muitas reflexões e análises sobre a vivência feminina na sociedade.

No universo dos games, isso não é diferente. Com a crescente presença do público feminino nos cenários de jogos, mais informações são levantadas sobre a preferência das mulheres em relação aos tipos de hobbie que hoje existem.

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Presença do público feminino

Em 2022, a Pesquisa Game Brasil (PGB), do grupo empresarial Sioux Group, levantou diferentes dados sobre o comportamento dos consumidores da América Latina, incluindo as mulheres.

Para o levantamento de dados, a PGB considerou homens e mulheres de diferentes faixas etárias, sendo que 56% da amostra eram mulheres com idade entre 16 e 54 anos.

As informações mostram que 90% dos entrevistados consideram os jogos eletrônicos como uma das principais formas de entretenimento da sua rotina. Além disso, 68% têm os games como único hobbie em suas vidas.

Além do mais, a pesquisa aponta que mais da metade do público gamer brasileiro (51%) é composto por mulheres. Elas também são a maioria em plataformas de smartphones, uma vez que 64% preferem jogar via celular.

Em 2º lugar está o computador, equipamento no qual 41,1% delas se sentem mais à vontade jogando. Por último, estão os consoles (ou videogames), com 36,1% delas utilizando-os para jogar.

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E-sports

Apesar do número considerável de mulheres no universo dos jogos eletrônicos, a presença feminina nos torneios profissionais ainda é pequena. Muitas apontam que o machismo ainda afasta e dificulta o aumento desse público.

Em entrevista ao portal Glamurama, do UOL, Nicolle Merhy, CEO da Black Dragons – organizadora brasileira de e-sports –, comentou sobre essa dificuldade.

Além de muitas vezes ser a única mulher entre mais de cinquenta jogadores homens, Merhy diz sentir o reflexo da predominância masculina no ramo:

“Nós, mulheres, recebemos toxicidade na internet e em qualquer outro âmbito da sociedade. Sempre somos machucadas, magoadas, ofendidas, assediadas. No virtual, as pessoas não têm cautela no que dizem, então falam o que querem.”

Enfim, com esse cenário, muitas mulheres se unem para criar iniciativas que promovam a presença feminina na área profissional dos games. Comunidades virtuais e o patrocínio de grandes empresas são destaques no incentivo a esse protagonismo da mulher.

Um exemplo foi o lançamento do projeto “Heroínas do Game“, pela marca Boticário, em 2022, com o campeonato Taça das Implacáveis, voltado para as jogadorasVeja o vídeo oficial da campanha:

Outra iniciativa bastante comentada foi o torneio de “Counter-Strike” GC Masters Feminina, em 2020, que foi voltado totalmente para o público feminino e ofereceu uma premiação de R$ 60 mil.

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