Mistério sobre raios é desvendado após 50 anos de pesquisa

Quem desvendou o enigma foi John Lowke, pesquisador da University of South Austrália (UniSA), com publicação no Journal of Physics D: Applied Physics.

Um mistério e 50 anos de investigação: por que raios têm formato de zigue-zague e por que a coluna que liga o raio à nuvem permanece escura?

Quem o desvendou esses enigmas foi John Lowke, pesquisador da University of South Australia (UniSA), com publicação no Journal of Physics D: Applied Physics.

Para o pesquisador, as descobertas se tornam ainda mais importantes em virtude dos eventos extremos associados às mudanças climáticas.

“Existem alguns livros didáticos sobre raios, mas nenhum explica como os zigue-zagues (chamados degraus) se formam, por que a coluna eletricamente condutora que conecta os degraus com a nuvem permanece escura e como o raio pode viajar por quilômetros”, afirmou Lowke.

Respostas

O cientista explica que a resposta está nas moléculas de oxigênio metaestáveis ​​conhecidas como singletos delta, que se formam quando os elétrons atingem as moléculas de oxigênio com alta dose de energia.

Depois de colidirem com as moléculas, os elétrons “descolados” constituem uma fase altamente condutora – inicialmente luminosa, redistribuindo o campo elétrico e induzindo fases sucessivas.

Temos então o zigue-zague, também chamado de degraus do raio. Portanto, isso também explica por que a coluna condutora que liga o raio à nuvem permanece escura.

Resumidamente, os elétrons se ligam às moléculas neutras de oxigênio e, em seguida, acontece o desprendimento imediato pelas moléculas singleto delta, mantendo o ambiente sem brilhos.

Lowke afirma que esse estudo é muito importante, pois espera-se que haja eventos extremos com maior frequência futuramente, com aumento de tempestades e, consequentemente, da queda de raios.

Para-raios

Para evitar estragos, muitos locais aderem aos para-raios, inventados por Benjamin Franklin em 1752. O objeto serve para atrair os clarões, conduzindo a carga elétrica até o solo, dissipando-a e evitando que edifícios sejam danificados.

E uma curiosidade é que os raios atingem cerca de 25 vezes por ano o edifício Empire State Building, nos EUA, conhecido por ser um prédio alto e isolado.

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