Mistério da ‘partícula fantasma’ é desvendado por cientistas

De acordo com os resultados encontrados, os pesquisadores poderão refinar modelos físicos do Universo a partir dessas partículas. Saiba mais!

Pesquisadores que trabalham na Alemanha, no Karlsruhe Tritium Neutrino Experiment (Katrin), após estudos, descobriram a menor massa de um neutrino, partícula que não tem carga elétrica e que é capaz de interagir com outras partículas por meio da gravidade e de força nuclear fraca.

Mesmo que ainda não tenho sido definida uma massa exata para “partícula fantasma”, de acordo com os resultados encontrados os cientistas poderão refinar modelos físicos do Universo.

Os estudiosos que estavam pesquisando sobre o assunto chegaram ao número 1,6 x 10⁻³⁶ kg. Tal valor é considerado muito pequeno ao analisar isótopos de hidrogênio em estado de decomposição.

No estudo, os cientistas mediram a distribuição de energia dos elétrons liberados durante o decaimento beta do trítio.

Essa medida não é algo muito preciso, porém facilita a compreensão sobre qual é o papel que os neutrinos desempenham no Universo e qual impacto eles têm nas teorias da Física, atualmente, devido a suas peculiaridades.

Por que ‘partículas fantasmas’?

Os neutrinos são umas das partículas subatômicas mais abundantes do Universo; porém, em raras ocasiões, eles interagem com matéria normal.

De acordo com essas propriedades, eles acabam se tornando mais difíceis de detectar e, devido a esse fato, ganharam o apelido de “partículas fantasmas”.

Para encontrar essas pequenas partículas, utiliza-se apenas métodos indiretos de detecção que são capazes de detectar os efeitos da passagem dos neutrinos.

A massa e a energia da partícula e da antipartícula são a mesma. Medir a massa de um neutrino é muito difícil. Por isso, para verificar esse dado, o Katrin aproveita o decaimento beta de um trítio, isótopo radioativo instável de hidrogênio.

Os físicos têm conhecimento de que uma partícula e sua antipartícula emitem a mesma massa e energia. Portanto, se ocorrer a medição da energia dos elétrons, também é possível encontrar a energia do neutrino.

Foi dessa maneira que os pesquisadores conseguiram chegar ao número 1,6 x 10⁻³⁶ kg.

Como mencionado, embora o número encontrado não seja uma massa exata, os físicos Magnus Schlösser (Instituto de Tecnologia de Karlsruhe) e Susane Mertens (Instituto Max Planck de Física) afirmaram que estão felizes com o resultado.

Isso porque permitirá que os cientistas possam refinar modelos físicos do Universo.

Porém, os pesquisadores envolvidos continuarão a realizar medições dos neutrinos até o final de 2024, a fim de ter mais certezas.

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