INCRÍVEL! Estudo sugere capacidade de peixe-porco 'enxergar' com a pele

Saiba mais sobre a inusitada habilidade deste peixe-porco, a qual lhe permite detectar mudanças na própria coloração por meio da pele.

Um estudo recente realizado nos Estados Unidos revelou uma característica notável do peixe-porco. Descobriu-se que essa espécie possui a capacidade única de “enxergar” com a própria pele.

A pesquisa aponta que essa forma incomum de percepção permite a esses peixes de recife detectar mudanças na sua própria coloração.

Habilidade do peixe-porco

Imagem: iNaturalist/Reprodução

De acordo com a bióloga Lori Schweikert, que atualmente trabalha na Universidade da Carolina do Norte, os peixes-porcos parecem monitorar as alterações em sua cor.

Isso é crucial para a sobrevivência em um ambiente onde a habilidade de se camuflar com o entorno é uma questão de vida ou morte devido às constantes ameaças de predadores.

Por volta dos três anos de idade, esses peixes passam por uma transição de fêmea para macho e utilizam a capacidade de mudar a cor da pele para atrair parceiros e afastar rivais.

Por sua vez, essa habilidade se baseia em células repletas de pigmento chamadas cromatóforos, que são semelhantes às encontradas em polvos e camaleões.

Os pesquisadores descobriram moléculas sensíveis à luz, conhecidas como opsinas, nas células localizadas abaixo dos cromatóforos. Essas opsinas respondem a comprimentos de onda curtos e azuis que passam pelos cromatóforos e variam em resposta aos níveis de luz.

Acredita-se que as opsinas regulem os níveis de pigmento nos cromatóforos, de forma semelhante ao que ocorre com a tilápia do Nilo. Entretanto, o mecanismo preciso ainda precisa ser determinado.

Essa capacidade de “visão da pele” permite aos peixes-porco “fotografar” a própria pele de dentro para fora, fornecendo um valioso feedback sensorial. Ao contrário de depender exclusivamente de seus olhos para obter essa informação, esse método é menos exigente em termos computacionais.

O biólogo marinho da Universidade Duke, Sönke Johnsen, sugere que esse estudo lança luz sobre um sistema de feedback sensorial inovador, demonstrando a notável capacidade do peixe-porco de se adaptar ao seu ambiente por meio da percepção da pele.

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