Igualdade no cinema: Sofia Coppola luta por reconhecimento e melhores salários

Diretora renomada revela desafios enfrentados e a disparidade financeira entre produções cinematográficas.

A renomada diretora Sofia Coppola, em recente entrevista à BBC, expôs as desigualdades de gênero enfrentadas na indústria cinematográfica, especialmente no que se refere à disparidade de orçamentos entre produções dirigidas por homens e mulheres.

Com o lançamento de ‘Priscilla’, um filme baseado no livro ‘Elvis e Eu’ de Priscilla Presley, Coppola evidenciou que os recursos destinados à sua obra representaram apenas uma fração dos disponibilizados para grandes produções, como ‘Elvis’, lançado em 2022.

Desafios e a batalha pela equidade financeira

Enquanto ‘Elvis’, um filme sobre a história do icônico cantor, recebeu uma quantia estimada em US$ 85 milhões (R$ 410 milhões), ‘Priscilla’ contou com um orçamento de aproximadamente US$ 20 milhões (R$ 96 milhões), menos de um quarto do valor da produção sobre um homem.

Sofia já ganhou o Oscar de roteiro original em 2004 – Imagem: Elemental Films/Reprodução

Coppola expressou sua frustração com a disparidade, ao mencionar sua luta por uma parte justa do financiamento e destacar ser um resquício da cultura desigual da indústria cinematográfica.

Apesar das dificuldades enfrentadas, Coppola enfatizou a importância de mostrar uma perspectiva feminina no cinema.

Ela ressaltou que, embora os orçamentos menores possam ser um desafio, também proporcionam liberdade criativa e um espaço para a inovação.

A cineasta contou o prazer de trabalhar em produções independentes, nas quais a criatividade floresce mesmo diante de recursos limitados.

As desigualdades de gênero na indústria cinematográfica são um reflexo das estruturas patriarcais que há muito tempo moldam a sociedade.

Mulheres, ao longo dos anos, têm lutado por espaço e reconhecimento em todas as esferas, inclusive a produção audiovisual.

A professora Thais Oliveira, do curso de Cinema e Audiovisual da Universidade Estadual de Goiás (UEG), enfatiza que essa causa persiste, ao lidar com desafios estruturais e a descredibilização do trabalho feminino.

O caminho para a equidade e reconhecimento

Apesar dos obstáculos, profissionais como Thais Oliveira reforçam a importância de desafiar estereótipos de gênero no campo técnico e criativo do cinema.

A luta das mulheres na indústria cinematográfica é contínua e visa a igualdade salarial, o reconhecimento do trabalho e a desconstrução de estereótipos.

A busca pela equidade na sétima arte é um compromisso constante, almejando um cenário onde o talento, independentemente do gênero, seja valorizado e reconhecido.

Assim, isso vai permitir que cada cineasta conte suas histórias e contribua para a riqueza cultural do cinema, livre de barreiras de gênero.

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