Análise identifica fungos e parasitas em molho de tomate; marca famosa deve prestar esclarecimentos
Após uma investigação minuciosa, foi revelada a presença perturbadora de fungos e parasitas em molho de tomate de marca famosa.
As polêmicas envolvendo datas de validade e materiais que não deveriam estar na composição de produtos alimentícios ganham mais um capítulo.
Desta vez, o caso aconteceu em Viamão, na região metropolitana de Porto Alegre, e o produto-alvo da vez foi um molho de tomate bastante conhecido.
Acontece que a Polícia Civil do Rio Grande do Sul encontrou fungos e ovos de parasitas em amostras do molho de tomate da marca Fugini.
Os molhos foram recolhidos e a polícia intimou os representantes da marca após a perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) ser feita.
Segundo a delegada Jeiselaure de Souza, da 1ª Delegacia da Polícia de Viamão, os responsáveis já foram acionados e deverão comparecer à delegacia para prestar seu depoimento em breve, espera-se que no início desta semana, para concluir o inquérito policial.
“Os representantes já foram contactados e possivelmente, nos próximos dias, no máximo no início da semana que vem, nós teremos já agendado e concluído os depoimentos deles para o desfecho do inquérito”, comenta a delegada.
A perícia analisou três amostras distintas do molho de tomate, sendo de mercados e lotes diferentes, mas com a mesma apresentação. A partir do laudo feito pelo IGP, a polícia constatou que todos os produtos estavam contaminados.
“Todas elas [as amostras] têm a mesma análise para fungos e ovos de parasita”, pontua a delegada.
Algum tempo atrás, a empresa Fugini foi proibida pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) de fabricar, comercializar e distribuir produtos, entretanto a decisão foi suspensa no mês passado.
A marca fabrica principalmente produtos como molhos de tomate, maionese, mostardas, além de conservas vegetais e outros molhos.
A Fugini se posicionou em nota, afirmando que não teve “[…] acesso a qualquer laudo relacionado ao procedimento noticiado”, ou seja, acerca da perícia do Instituto-Geral de Perícias (IGP) em um de seus produtos.
A empresa ainda afirmou que “a marca deixou de usar conservantes artificiais” e que “essa transição para produtos mais naturais, associada à falta de conhecimento técnico da população sobre o assunto, tem provocado rumores infundados entre consumidores e a opinião pública”.