Floresta amazônica corre risco de entrar em colapso e se tornar savana
Amazônia está em constante declínio, como resultado do desmatamento e das mudanças climáticas.
A floresta tropical amazônica, que cobre boa parte do noroeste do Brasil e se estende até a Colômbia, o Peru e outros países da América do Sul, é a maior floresta tropical do mundo, famosa por sua biodiversidade.
Mas a intensificação das secas e o aumento do desmatamento estão causando sérios estresses ao ecossistema, aumento da ocorrência de incêndios e maiores emissões de carbono.
A Amazônia está em constante declínio, resultado do desmatamento e das mudanças climáticas. Portanto, precisamos nos questionar: em quanto tempo ela ainda será capaz de se recuperar dos maus-tratos que vem sofrendo?
Uma cientista chamada Luciana Vanni Gatti vem fazendo testes na floresta e concluiu que a taxa de carbono liberado é muito superior à capacidade da floresta em absorvê-lo. A Amazônia emite, a cada ano, quase 300 milhões de toneladas a mais de carbono do que pode absorver.
A matemática não mente, o momento crítico da floresta pode estar mais próximo do que imaginamos.
E por que devemos nos preocupar tanto?
A “transpiração” da floresta é responsável por cerca de 45% da chuva que cai na região. Além disso, contribui em outros lugares, por conta da criação de rios.
Não é possível estimar o que essa exploração na Amazônia possa causar no mundo todo. Mas cientistas afirmam que as consequências podem afetar até os países mais distantes, como Escandinava ou Groenlândia.
Qual é a situação atual?
Os estudiosos afirmam que, com esse grande território se convertendo para o uso agropecuário, a floresta pode entrar em colapso e se tornar uma savana nas próximas décadas. Ou seja, caso as chuvas continuem a diminuir, poderemos encontrar um cerrado onde hoje há uma floresta.
Mesmo que o cerrado seja considerado ainda um bioma rico, trazendo uma opção otimista, outros cientistas alertam que, na situação atual, o cenário futuro é ainda pior e poderemos ter um resultado ainda mais grave. Por exemplo: um ambiente pobre em solo, biodiversidade e vida em geral, completamente diferente do que hoje temos.
E não é difícil notar que as consequências desses atos já apareceram. O sudeste tem enfrentado secas influenciadas pela escassez de umidade. Por isso, se as coisas continuarem como estão, as mudanças climáticas podem gerar muito desabrigados.
Desta forma, devemos nos questionar: quando começaremos a colocar a saúde da floresta em prioridade, antes ou depois de seu possível colapso?