Inacreditável: espécie de jiboia HISTÓRICA é encontrada na Amazônia
Uma espécie considerada primitiva de jiboia foi encontrada na Amazônia. A descoberta foi considerada uma verdadeira 'relíquia do mundo animal'.
Uma espécie de jiboia foi encontrada exibindo características não vistas nesse tipo de serpente há muito tempo, o que a torna uma espécie primitiva desse animal. A espécie foi localizada na floresta amazônica do Equador e é conhecida como jiboia-anã.
Esse espécime recebeu o nome de Trodidophis cacauangoae em homenagem à ativista equatoriana Dolores Cacuango, que foi pioneira na luta pelos direitos dos povos indígenas e fundadora das primeiras escolas bilíngues no Equador.
As serpentes foram encontradas por um grupo de cientistas que pesquisavam na reserva nacional Colonso Chalupas, localizada na província de Napo, bem como na reserva privada Sumak Kawsay, que fica em Pastanza. Os pesquisadores conseguiram encontrar dois dos animais primitivos.
Por que a jiboia é considerada primitiva?
A espécie de jiboia-anã chega a 20 centímetros de comprimento, tem padrões e cores que se assemelham muito a uma jiboia convencional. Dessa forma, até seria possível confundi-las…. se não fosse o tamanho gritantemente diferente, visto que a espécie mais popular pode ter até quatro metros de comprimento.
A característica que mais diferencia os exemplares encontrados e os torna praticamente primitivos é que eles têm uma “pélvis vestigial, característica das serpentes primitivas, que é evidência da redução das extremidades nos répteis escamosos há milhões de anos, produto das pressões climáticas no período Quaternário”, de acordo com Mario Yánez, pesquisador do Instituto Nacional de Biodiversidade (Inabio) do Equador.
Yánez disse também, em entrevista concedida para a AFP, que as cobras encontradas “são uma relíquia do tempo, são animais tão antigos que, obviamente, encontrar ou deparar-se com um animal desses é um privilégio”.
A pesquisa foi realizada por Yánez e mais quatro pessoas: Mauricio Ortega (Equador), Alexander Bentley (Estados Unidos), Claudia Koch (Alemanha) e Omar Machado Entiauspe Neto (Brasil).
Durante quatro anos, os pesquisadores fizeram varreduras e buscas nas duas reservas já mencionadas anteriormente. Essa espécie inédita é considerada endêmica do Equador, logo só pode ser encontrada lá e em florestas de altitude.