Enredo de ‘Destino Final’ já era realidade para Batman; entenda

Batman e Robin já viviam a trama há 50 anos, antes mesmo de ocorrer o lançamento do primeiro episódio de 'Destino Final'. Saiba mais!

Todo filme de terror da série “Destino Final” segue o mesmo enredo básico: o protagonista tem a premonição de um evento catastrófico que lhe dá a chance de fugir da morte junto com um grupo de sobreviventes desorganizados. Nesse contexto, então, a morte atua como uma força sobrenatural, perseguindo todos os sobreviventes originalmente destinados a morrer no acidente.

O motivo icônico da série é a sequência bizarra de eventos desencadeados pela morte culminando em “acidentes” horrivelmente fantasiosos que matam as vítimas. As criativas maquinações da morte se parecem aos dispositivos de Rube Goldberg, por vezes alterando situações mundanas em situações inesperadamente perigosas. A série de filmes se tornou a favorita dos fãs por sua criatividade, por ser antagonista, única e por focar na inevitabilidade da morte.

Porém, os fãs de quadrinhos entendem que uma história do Batman que antecede os filmes do “Destino Final” em mais de 50 anos merece elogios genuínos. Trata-se da história “Batman 4 – Assassinos Contra o Destino!”, divulgada em “World’s Finest #40” e escrita por William Woolfolk, tendo sido ilustrada por Jim Mooney.

A história segue um formato muito similar ao da franquia “Final Destination” e, nela, quatro criminosos no corredor da morte são chamados a testemunhar contra seu ex-chefe, mas, ao longo da audiência, eles escapam. Apesar disso, Batman e Robin os perseguem, mas a morte está sempre adiantada.

Surpreendentemente, cada fugitivo é morto da mesma forma que a execução: os três primeiros criminosos morrem por causa de um choque elétrico, além de enforcados e envenenados, enquanto tentavam escapar de Batman e Robin. O último criminoso é pego pela dupla dinâmica e enviado para a prisão, local onde é baleado.

A história de Batman é uma melhoria em relação à estrutura típica da história do “Destino Final” em dois aspectos importantes: as circunstâncias de abertura e as regras da morte. A história de Batman ignora os elementos sobre premonição de forma confusa e inexplicável e coloca os personagens em uma situação em que a morte já é o resultado lógico.

Além disso, a técnica de execução cria uma expectativa de suas mortes; isso aumenta a tensão da história e evita o absurdo cômico das mortes típicas de “Destino Final” causadas por ralos de piscinas, cortadores de relva, pombos, elevadores etc. Ao quebrar uma regra e criar uma nova, o poder narrativo potencial de “Death’s Vengeance” é amplificado.

A franquia “Final Destination” sempre se concentrou em vítimas inocentes, mas Batman atestaria ser um adversário digno. O papel de Batman é construído sobre a base da morte; por isso, converter seu acidente em um oponente metafísico seria enormemente satisfatório para os fãs de ambos os gêneros.

Batman estava trabalhando na trama de “Final Destination” mais de 50 anos antes do lançamento do filme e, consequentemente, a prova desse conceito existe, mas os fãs merecem uma interpretação moderna desse último confronto.

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