É possível trazer dinossauros de volta à vida? Conheça a desextinção de espécies

Avanços na paleontologia molecular permitem a ressurreição de espécies extintas, desencadeando, com isso, debates éticos e científicos.

A perspectiva de trazer de volta à vida espécies extintas, como os dinossauros, tornou-se uma possibilidade tangível graças às inovações em técnicas de clonagem e paleontologia molecular.

Embora a ideia de recriar esses antigos habitantes da Terra possa parecer retirada diretamente de um filme de ficção científica, a ciência vem explorando maneiras de desextinguir espécies há anos.

Primeiros estudos sobre desextinção

A primeira clonagem bem-sucedida de uma espécie extinta ocorreu em 2003 com o íbex dos Pirineus, uma cabra selvagem que se extinguiu em 2000.

Por meio de técnicas de clonagem, núcleos celulares do íbex foram inseridos em ovos de cabra sem seu próprio DNA, resultando em um nascimento que, apesar de breve, marcou um avanço significativo na paleontologia molecular.

Projeto Quagga visa trazer prima extinta da zebra à vida – Imagem: Wiki Commons/Reprodução

Espécies como o dodô, o arau-gigante, o tigre da Tasmânia e o pombo-passageiro, extintas devido à atividade humana, podem ser revividas por meio da substituição alélica.

Esta técnica envolve a substituição de alguns genes em espécies geneticamente próximas e vivas, permitindo a ressurreição de diversas espécies extintas.

Apesar dos avanços científicos, a ética em torno da reintrodução de espécies extintas é altamente controversa.

Críticos argumentam que desviar recursos para trazer de volta espécies extintas poderia prejudicar os esforços de conservação da biodiversidade atual, especialmente considerando as taxas alarmantes de extinção que o planeta enfrenta.

Além disso, embora a ficção científica tenha abordado o tema há anos, os dinossauros não são uma espécie eleita para a introdução da técnica.

No entanto, defensores dessa prática, como George Church, enxergam benefícios significativos na reintrodução de espécies-chave, como o mamute lanoso.

A presença desses animais extintos pode ajudar a equilibrar ecossistemas e até mesmo influenciar positivamente o ambiente em que habitavam.

Um exemplo atual desse esforço é o Projeto Quagga, liderado por pesquisadores sul-africanos, que buscam, por meio de cruzamentos seletivos, recriar zebras-das-planícies semelhantes ao extinto quagga.

Embora a desextinção de espécies possa oferecer oportunidades para reverter danos ambientais e recuperar ecossistemas perdidos, a discussão ética e os dilemas sobre a alocação de recursos e a interferência humana na natureza continuam sendo pontos centrais desse controverso debate científico.

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