CRÉBITO: Conheça essa nova modalidade de pagamento

Os cartões de “crébito” foram responsáveis pela movimentação de R$ 99,4 bilhões apenas no primeiro semestre do ano de 2022, segundo informações da Associação Brasileira das Empresas de Cartões de Crédito e Serviços (Abecs).

Essa modalidade acabou alçando voo com o início da pandemia de Covid-19 e foi capaz de se consolidar no mercado nacional ao agregar características do crédito e do débito.

Segundo o Serasa, cerca de mais de 64 milhões de cidadãos brasileiros não possuem acesso a produtos de crédito.

Portanto, levando em consideração esse triste contexto nacional, o crébito se mostra como uma enorme alternativa capaz de colaborar e muito para com a inclusão financeira de dezenas de milhões de brasileiros.

Sobre isso, a diretora-executiva (CEO) da Superdigital Brasil, Luciana Godoy, comentou o seguinte:

“Muitas plataformas, como Uber e iFood, não aceitavam cartão de débito, e essa foi uma forma de dar acesso às pessoas que não tinham crédito.”

O superintendente de Meios de Pagamento do Inter, Wagner Ferreira, explicou que com esta nova alternativa e ainda inédita para muitos brasileiros, torna-se possível o seguinte:

“O cliente pode usar o cartão para passar as compras no crédito, mas o valor da compra é debitado na hora no saldo da conta corrente.”

É importante ressaltar que o limite de utilização varia de acordo com o dinheiro depositado em conta, de forma a se assemelhar ao cartão pré-pago.

Caso não haja saldo, a transação é negada. Contudo, o cliente é capaz de fazer depósitos para elevar o limite e, assim, poder usar o saldo para fazer outras transações, como o PIX, por exemplo, ou até mesmo o pagamento de algum boleto.

As maiores vantagens presentes nos cartões de crédito são o pagamento a prazo, a possibilidade de parcelamento e a pontuação em programas de milhas.

Apesar de o crébito não ser detentor deste tipo de benefício, ele possui os seus próprios e exclusivos, como o cashback em todas as compras, com o valor creditado diretamente na conta.

Thiago Martello, educador financeiro e especialista em investimentos ainda diz o seguinte:

“A modalidade tem baixa possibilidade de endividamento, pois a pessoa só vai comprar com o dinheiro que tem na hora.”