Antigo coração da Via Láctea é identificado por astrônomos
Analisando os dados da missão Gaia, pesquisadores utilizaram uma rede neural com o objetivo de captar a metalicidade de dois milhões de grandes estrelas e assim compreender melhor a história da galáxia.
O Coração da Via Láctea é uma região em forma de coração no centro da Via Láctea. Trata-se, então, da região mais densa e mais estudada da nossa galáxia, contendo cerca de 10 milhões de estrelas remanescentes.
Essa região foi descoberta pelos cientistas na década de 1920, e desde então tem sido um dos alvos de estudo principais da Astronomia. Contudo, recentemente, identificou-se estrelas gigantes e que são pobres em metais. A descoberta ocorreu por meio de dados da missão Gaia da ESA.
O verdadeiro coração da Via Láctea
Os resultados do estudo foram publicados no The Astrophysical Journal, em 12 de dezembro. Dessa forma, os astrônomos analisaram as informações da missão Gaia utilizando uma rede neural, com o objetivo de extrair mais informações relacionadas à metalicidade dos dois milhões de estrelas remanescentes que estão localizadas na região interna da Via Láctea.
Os cientistas, por meio dessas análises, conseguiram recriar as diferentes épocas galácticas. Sabe-se que a metalicidade de uma estrela é basicamente a quantidade de elementos químicos mais pesados que o hélio que a atmosfera da estrela contém, ou seja, é como um “estilo de construção” que permite estimar a idade de determinada estrela.
Com os dados fornecidos pela missão Gaia, os cientistas fizeram uma reconstrução em formato 3D que revela as estrelas que estão confinadas em uma região basicamente pequena, que fica ao redor da região central da Via Láctea, e que possui aproximadamente 30 mil anos-luz de diâmetro.
Entretanto, ainda que as descobertas e os dados obtidos sejam inovadores, os cientistas sentem a necessidade de entender melhor e aprender mais sobre o assunto.
Com isso, dados adicionais podem liberar a identificação das estrelas que estão na região central do núcleo galáctico e seu pertencimento com relação às galáxias que são progenitoras da Via Láctea.
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