Inédito! Cientistas descobrem uma nova forma de medir o tempo

Pesquisa é resultado do trabalho de cientistas da Universidade de Uppsala, na Suécia.

E se você tivesse de responder a alguém o que é o tempo, o que você diria? Provavelmente, a primeira resposta poderia vir por meio do uso de ferramentas para medir o tempo a fim de explicar a forma como percebemos a passagem dele, certo?

Começamos essa matéria de um jeito um pouco filosófico porque medir o tempo foi uma questão que as primeiras civilizações pensaram em organizar. Anos, meses, semanas, dias e horas… vários relatos que lemos da Antiguidade fazem referência à medição desse elemento tão importante, apesar de intangível.

Além do mais, é fato que não conseguimos pensar em nossa existência e rotina sem nos lembrar do tempo. Tanto que nossa noção de passado, presente e futuro passa pelo entendimento que temos sobre duração e passagem que conseguimos “medir” por meio dos recursos de contagem de passagem de tempo que criamos.

Esse assunto ainda hoje é fonte de estudos de pesquisadores e cientistas que, em 2022, pesquisadores da Universidade de Uppsala, na Suécia, descobriram uma nova forma de medir o tempo que não requer um ponto de partida (início) preciso.

Essa descoberta foi realizada por meio de experiências sobre a natureza ondulatória de algo chamado “estado de Rydberg” (e calma que já vamos explicar!).

Como os átomos de Rydberg ajudam a medir o tempo?

A grande diferença de como os átomos de Rydberg ajudam a medir o tempo está justamente em não precisarem de um momento (ou ponto) inicial zero (ou um), como a maioria das outras métricas, como calendários ou relógios.

Mas como isso é feito? Pois bem, os átomos de Rydberg são como “balões-inflados” e dentro deles é cheio de lasers em vez de ar. Os lasers no interior desse “balão” são usados para interagir com os elétrons para vários tipos de uso.

Um desses usos é monitorar a mudança na posição do elétron, o que inclui medir o tempo ou, melhor, a passagem dele. E isso é feito por meio das informações que os físicos guardam sobre como os elétrons comumente se movimentam quando são empurrados para um estado de Rydberg.

Como esses átomos fazem parte do Reino Quântico, os movimentos que mencionamos anteriormente são tão, mas tão, tão, tão minúsculos que “muito tempo se passa” num período muito curto de tempo.

As regras matemáticas que envolvem esses movimentos geradores de tempos múltiplos são chamadas de “conjunto de ondas de Rydberg”. Quando pacotes dessas ondas ondulam em um mesmo espaço, interferências são criadas e elas geram padrões únicos de ondulação.

Dessa forma, quando vários “pacotes” de ondas são colocados num mesmo tanque atômico, os padrões que elas criam são exclusivos, isto é, cada um possui um tempo distinto.

Esses padrões, os quais podemos chamar de “impressões digitais” de tempo, é que foram comprovadas pelos cientistas como uma forma eficaz de medida quântica de tempo.

Por fim, vale ressaltar que nenhuma dessas impressões digitais precisa de um “então” (início) e um “agora” (momento presente) para se medir o ponto de início (partida) e parada de tempo. Isso, portanto, pode ser mais prático em pesquisas e testes que as medidas de tempo convencionais.

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