Cientistas criam células masculinas e femininas com genes de uma mesma pessoa
Surge uma nova forma de estudar os cromossomos sexuais.
Graças aos avanços tecnológicos e de conhecimento, as maneiras de estudar a genética e os cromossomos X e Y, cromossomos sexuais humanos, vêm evoluindo. Com isso, cientistas criaram células masculinas e femininas com os genes de uma mesma pessoa. Continue a leitura e entenda mais sobre o assunto.
Entenda tudo sobre esse avanço na área da genética
Não se trata de um trabalho fácil, haja vista que, com a tecnologia utilizada nos tempos atuais, desvendar alguns mistérios relacionados aos genes e aos hormônios, por exemplo, é uma tarefa bastante complicada.
Porém, uma recente inovação auxiliou e muito na criação de células XX (femininas) e XY (masculinas) utilizando os genes de uma mesma pessoa. Dessa forma, através de tal avanço na genética, foi possível entender mais sobre características e pontos sugeridos por grandes estudos.
Esse avanço só foi possível devido a um doador de células com a síndrome de Klinefelter, que se trata de uma condição onde um indivíduo do sexo masculino possui um cromossomo X extra.
Contudo, no caso desse indivíduo que foi estudado, a forma é mais peculiar ainda, que é uma variante da síndrome chamada “mosaico”, em que algumas das células são XXY, enquanto outras são XX, e algumas ainda, XY.
Os seus leucócitos foram extraídos das células e, a partir disso, os três tipos de células foram reprogramados para que se tornassem células-tronco pluripotentes, ou seja, células autorenovantes e que se transformam em neurônios, células dos músculos e diversos outros tipos.
Com isso, os cientistas puderam chegar às células XX e XY, que, assim como os cromossomos sexuais, eram completamente idênticas. Logo, a ideia da realização de novas pesquisas com essa nova técnica é realmente muito promissora.
Os cientistas já planejam repetir os testes, mas, dessa vez, com outras pessoas, no intuito de verificar se há possibilidade de generalizar as ações dos cromossomos nos indivíduos.
Enquanto isso, sabe-se que as células não possuem a capacidade de gerar algum tipo de modelo do corpo humano completo ou, até mesmo, das interações que acontecem entre os órgãos. Contudo, as tecnologias que servirão para a simulação das conexões que acontecem entre os órgãos em chips estão sendo desenvolvidas e provavelmente serão o futuro da genética.