Cuidado ao conversar com o ChatGPT; tecnologia NÃO substitui consultas médicas
Algumas pessoas têm buscado a nova ferramenta para conversar sobre seus problemas de saúde mental. Contudo, o chat não possui essa função.
Nos últimos meses, o ChatGPT tem feito um grande sucesso entre seus usuários, devido à sua ferramenta de Machine Learning, a qual permite que a Inteligência Artificial (IA) aprenda com seus usuários anteriores, o que aumenta consideravelmente a sua capacidade de conversar naturalmente sobre os mais diversos assuntos.
Por ser um sistema tão complexo e com uma capacidade de respostas tão fluída e natural, ao contrário de chatbots comuns que apenas reagem a palavras-chave, o ChatGPT consegue de fato simular uma conversa pessoal, de forma que dá a seu usuário a sensação de estar conversando com outra pessoa.
Contudo, é importante lembrar que, por mais sofisticado que seja o ChatGPT, a IA não se trata de uma pessoa, portanto, apesar de conseguir oferecer respostas naturais e refinadas, ainda trata-se de uma IA, ou seja, uma inteligência “Artificial”.
Tome cuidado com o que conversa com o ChatGPT
Apesar de aprender com as conversas prévias, o ChatGPT não vai revelá-las a ninguém, mas isso também não significa que você deve sair por aí colocando informações pessoais suas, principalmente relacionadas à sua saúde mental.
Caso tenha o desejo de conversar sobre eventuais problemas ou angústias, ainda que o ChatGPT possa oferecer uma conversa sobre temas relacionados à saúde mental, essa IA não foi desenvolvida para esse fim.
Se você apresentar determinados sintomas para a IA e questioná-la a respeito deles, ela buscará em seu banco de dados informações que complementam a sua solicitação.
Entretanto, o ChatGPT não é um terapeuta e muito menos um médico, apresentar determinados sintomas específicos pode lhe dar um resultado que não condiz com a realidade.
Logicamente, os desenvolvedores da OpenAI responsável pelo chatbot se anteciparam quanto a questões como essas. Assim, caso tente solicitar um diagnóstico da IA, ela não oferecerá um e irá aconselhá-lo a procurar um profissional da área.
Segundo a médica antropóloga Elizabeth A. Carpenter-Song, já existem pessoas que buscam alternativas digitais para o tratamento de transtornos de saúde mental. Não é necessário entrar na discussão de como isso é errado, afinal, por mais sofisticado que seja um sistema, ele não dispensa um profissional com anos de estudo e atuação.
Sendo assim, caso esteja passando por alguma dificuldade e veja nesses chatbots uma forma de acalmar sua angústias, está tudo bem. Afinal, não é de hoje que as pessoas recorrem a métodos “não humanos” para relaxar, a exemplo de jogos e séries.
Contudo, nunca deixe de procurar um profissional ou, menos ainda, tente substituí-lo por um sistema digital, somente profissionais formados podem oferecer diagnósticos e tratamentos corretos.